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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Lula enganou o mundo, diz jornal americano Wall Street Journal - Por Lara Rizério.


"Se a fraude política para levar uma nação para a ruína fosse crime, Lula e Dilma já teriam sido condenados", diz o jornal WSJ.

SÃO PAULO - O jornal americano Wall Street Journal traz neste final de semana um artigo escrito por uma de suas editoras Mary Anastasia O'Grady bastante crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Dilma Rousseff, chamado "Como Lula enganou o mundo" (em tradução livre). 

O artigo começa falando sobre os Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro de 2016, que tiveram início sem grandes incidentes, o que parece "um milagre" após semanas de "relatos sombrios" sobre construções de má qualidade, segurança despreparada e engarrafamentos montruosos. "Se os atletas, visitantes e cariocas passsarão as próximas duas semanas sem uma catástrofe, esta continua a ser uma questão em aberto", afirma a publicação. 

Porém, destaca a editora, não era para ser assim. "Quando o Rio venceu a disputa para sediar os jogos, em 2009, não estava previsto que o Brasil estivesse nesta situação, com um déficit orçamentário de cerca de 8% do PIB, inflação próxima de 10%, dois anos de contração econômica e diversos escândalos de corrupção", diz ela. 

E é nesse contexto que O'Grady fala sobre Lula: em 2009, o petista estava no comando há mais de seis anos e era para o mundo algo como um "rock star". Sua retórica denegria o liberalismo econômico da década de 1990, "enquanto mostrava um novo e melhorado tipo de socialismo com um toque de samba", diz a publicação. O WSJ afirma que grande parte da região comprou a versão do grande governo sob o comando de "Lula 2.0", enquanto preocupações sobre o retorno do populismo da esquerda latino-americana pareciam menores com as garantias de que desta vez seria diferente. Isso porque Lula era um homem da esquerda, mas não era Hugo Chávez. A The Economist destacou em 2009 o "Brasil decolando", com a previsão da PWC de que São Paulo seria a quinta cidade mais rica do mundo em 2025 e que o Brasil seria uma superpotência mundial.

Após dois anos, Lula deixou o cargo e foi substituído por Dilma Rousseff. Segundo o jornal, em 2016, os Jogos Olímpicos deveriam ter mostrado o paraíso socialista que haviam cultivado: uma utopia urbana misturada com habitação a preços acessíveis, campeões nacionais da indústria e redes de transportes públicos organizados para proporcionar uma experiência tranquila. Porém, não foi isso o que se viu, diz o WSJ, destacando os diversos problemas que o Brasil teve para organizar os Jogos.

"O mundo parece atordoado, mas não deveria estar. O Rio é um microcosmo do Brasil de Lula, onde a burocracia dirige de cima para baixo e os seres humanos são olhados depois. A única coisa que falta na analogia com o Rio é a corrupção que floresceu no âmbito federal durante 14 anos de governo do PT", diz a editora. "Os políticos do Brasil aspiram a grandeza de primeiro mundo, mas insistem em preservar as instituições do terceiro mundo. Não é porque eles não entendem a eficácia das instituições independentes e freios e contrapesos. É justamente porque eles entendem isso".

A editora faz elogios a Fernando Henrique Cardoso que, segundo ela, pareceu uma exceção à regra ao aderir a políticas de estabilidade macroeconômica e maior transparência do Banco Central. Já com Lula e Dilma, aos poucos, a disciplina foi se corroendo. "A Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) expandiram rapidamente o crédito, o que foi inflacionário e arriscado, mas banco central ignorou o problema. 

"Enquanto Lula e Dilma buscaram vender o Brasil como um jogador de classe mundial, pouco fizeram para reduzir o fardo do governo sobre os empresários", diz o jornal, citando o estudo de 2016 do Banco Mundial "Doing Business" em que classifica o Brasil na posição 174 entre os melhores lugares para se começar um negócio entre 189 países. Além disso, eles destacam que, no final de julho, Lula foi acusado por obstrução da justiça em uma investigação de corrupção, enquanto Dilma está sofrendo um processo de impeachment. "Se a fraude política para levar uma nação para a ruína fosse crime, ambos já teriam sido condenados", finaliza.

2 comentários:

  1. Hoje - O começo do fim. Renan Calheiros e os líderes da base aliada chegaram ao entendimento de que o cronograma do impeachment só pode ser definido pelos senadores e que Ricardo Lewandowski apenas preside o julgamento, sendo obrigado a cumprir o rito definido.

    Nas contas do Palácio do Planalto, o início do julgamento final de Dilma Rousseff será no dia 24. Vaiterimpeachment

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  2. Lula, na verdade, é um ídolo com os pés de barro. Auto intitulado “o mais honesto homem do Brasil”, quiçá do universo, Lula, pressionado para expor sua participação no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia (bem como sobre a fortuna dos filhos) apresentou à Comissão de Direitos Humanos da ONU uma denúncia contra o Estado brasileiro por se julgar vítima de abuso de poder do juiz federal Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato. E, pata tanto, contratou um dos advogados mais caros da Europa.

    De onde Lula tira tanto dinheiro? Antes dizia que era das palestras, afirmação que – se constatou agora – era palestras uma farsa, já que quem pagava eram as empreiteiras, as acusadas dos desvios das propinas da Petrobras.

    Enquanto isso o Brasil está sangrando. Nos últimos três meses foram fechadas 531,7 mil vagas de trabalho no trimestre, o pior resultado apurado pelo Caged desde 2002. O crédito cai pela primeira vez em nove anos. Empréstimos dos bancos recuaram 46,8% no semestre. Os juros do cheque especial atingiram 315,7% ao ano e 470,9% para os cartões de crédito. Faliram a Saúde Pública e a Segurança Pública. Mesmo com o Exército, Marinha e Força Nacional nas ruas do Rio de Janeiro, aumentaram os assaltos na Cidade Maravilhosa. Essa herança maldita vai levar 20 anos para desaparecer...

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