A posse como presidente interino de Michel Temer veio acompanhada de nomes como Henrique Meirelles (Fazenda) e Ilan Goldfajn (Banco Central), além de um discurso compatível com a realidade econômica do País, o de que o ajuste fiscal é condição sine qua non para a retomada do crescimento.
Tais acertos conferiram a Temer o apoio do mercado e mais confiança na economia. De lá para cá, muito foi proposto e pouco realizado – com exceção da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) –, sob a justificativa de que a interinidade deixava e ainda deixa o presidente em exercício à mercê das barganhas políticas.
Efetivado o afastamento de Dilma Rousseff, as coisas terão de mudar. Ou Temer endurece sua relação com o Congresso, ou mitigações de propostas econômicas vão barrar o saneamento das contas públicas – como no projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União. Ao ceder a pressões Temer abriu precedente para fazê-lo novamente. Depois do impeachment terá de fechar a porteira, sob o risco de assistir a uma nova onda de pessimismo tomar o País.
(*) Elias Menezes – e-mail: elias.natal@hotmail.com
Já não era sem tempo. O Brasil pagou muito caro pela irresponsabilidade do PT. Espero que os patronos desta imoralidade sejam punidos e especialmente que os recursos roubados retornem aos cofres públicos.
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