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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 3 de julho de 2016

Uma verdadeira "profecia" escrita em 1952: Dois estilos, dois modos de ser

(Artigo publicado em 1952, há 64 anos, de autoria do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, que serve de reflexão nos dias atuais)

A Princesa Elisabeth, herdeira do Trono da Inglaterra, e a Sra. Eva D. Perón, esposa do General Perón, presidente da Republica Argentina, foram indiscutivelmente as duas figuras femininas de maior projeção na vida política Internacional em 1951.
Muito de nosso tempo sob todos os pontos de vista, a Princesa Elisabeth representa de modo frisante a dama do século XX formada sob o influxo das tradições ainda vivas em nossa época, e especialmente na Inglaterra. O povo inglês vê nela o símbolo de sua glória, a expressão da finura, da graça, da simples e nobre superioridade da “gentry” de sua terra, a representação visível e sensível do que a nação pode produzir de mais idealmente “racé”. Sua superioridade muito autentica se ilumina com os encantos de uma afabilidade atraente e comunicativa. Sua popularidade é imensa, e a bem dizer unânime: na Inglaterra há oposição contra o Ministério, não porém contra a monarquia, e menos ainda contra a risonha e encantadora herdeira do Trono.
A Sra. Eva D. Perón encarna em sua figura, em seus gestos, em sua atitude, um “estilo” também característico de nosso tempo, mas inteiramente diverso. Militando na vida política desembaraçadamente, e com um ardor e assiduidade pouco comum até entre homens, antiga atriz e ainda hoje oradora popular viva e de recursos, vista com muita frieza pelas famílias tradicionais que cultivam a distinção e as maneiras pelas quais se tornou famosa a sociedade portenha, a Sra. Eva Duarte Perón é o ídolo do movimento sindicalista, das massas “descamisadas” com as quais está identificada por tudo e em tudo.
Uma e outra, a Princesa e a “leader” dos descamisados, representam ideais, princípios, mundos em choque ora consciente e violento, ora desapercebido, mas permanente, em todos os países da atualidade. Comparar estas duas figuras femininas, consideradas, não pessoalmente mas como “tipos” não é, pois, comparar duas nações, mas dois modos de ser que existem em todos os países.
Será comparar duas classes sociais? Também não, pois ambos os “estilos” podem ser realizados de alto a baixo da escala social. Para não dar senão um exemplo, a Bem Aventurada Anna Maria Taigi, simples cozinheira dos Príncipes Colonna em Roma, no século passado, chamava a atenção dos transeuntes, não só pela sua piedade como pela venerabilidade de sua figura. E todos nós conhecemos pelo interior rudes e pobres caboclos, presidindo à vida de sua família com a nobreza dos patriarcas de outros tempos. Insistimos: neste confronto o que se evidencia é a diferença entre dois “estilos”, dois modos de ser.
             

3 comentários:

  1. Quanto a falação que fazem com cotas para mulheres na politica eu me pergunto : Não é no fato de ser mulher que encontramos uma Elisabeth II ou uma Eva Peron. Mulheres existem competentes como também existem as sem qualidades para o desempenho da politica. O lula elegeu uma fornada de senadoras na sua primeira eleição. Pergunto - onde andam - Sheres Shecharenco, Fátima Cleide, Ana Julia Garepa, Heloísa Helena, Marina Silva, Ideli Salvate e tanta outras que não lembro. Subservientes levaram o Brasil a esta situação, dizendo amém a tudo que o Pajé ordenava.

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  2. Da atual safra temos como senadoras a “pesadona” Fatima Bezerra (PT-RN) que mais parece uma “Mãe de Santo” perdida numa sessão da Pomba Gíria (pense num raciocínio rápido), e Gleisi Hoffmann, aquela que –segundo a revista VEJA – é a principal beneficiada nas doações das empresas, fornecedoras da Petrobras, investigadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Para sua campanha em 2010, a petista Gleisi recebeu R$ 2,4 milhões - o maior montante entre 121 parlamentares que receberam doações de 18 empresas sob suspeitas de participarem de esquema de desvio e lavagem de R$ 10 bilhões operados pelo doleiro Alberto Youssef.
    Destaque também para Regina Souza (PT-PI) figura folclórica que nunca exerceu anteriormente nenhum cargo eletivo, sequer de vereadora no município de Cocal da Telha (PI), onde teria base eleitoral . Regina vem a ser a primeira suplente do ex-senador Wellington Dias que se elegeu governador do Piaui. Dona Regina não recebeu um único voto, e ainda enche a boca na tribuna para dizer que Michel Temer é “interino biônico” pois não foi votado para vice-presidente. Foi. Na urna eletrônica aparecia a foto dele. Ah! raça...

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  3. Louve-se o equilibrio de Lucia Vania e a capacidade de Simone Tebet.

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