Todo time que adianta suas linhas e pressiona para tomar a bola no campo adversário corre o perigo de levar gol de contra-ataque.
Se o Brasil tivesse levado o gol contra a Croácia por estar recuado em seu campo, teria sofrido a mesma carga de críticas.
Certamente, diriam: "Tinha que pegar em cima, matar a jogada no nascedouro, etc, etc".
Acho que, naquele momento, a equipe ainda estava entorpecida pela emoção do gol de Neymar.
Não ocorreu, sequer, a lembrança de cometer a falta tática.
Vejam outra situação, desta feita, com relação à Argentina.
Imaginem se os hermanos perdem a Copa depois de estar vencendo a França no tempo normal, até 39 do segundo tempo, com uma vantagem de dois gols, e permitir o empate.
Em dois escassos minutos, Mbappé botou a França na parada.
Tem mais. Esteve o time do Scaloni em vantagem, de novo, na prorrogação, cedeu o empate e foi vencer nos pênaltis.
Sem contar que, na prorrogação, Kolo Mouani finalizou e a bola tocou na coxa de Emiliano Martinez, que evitou o gol. A defesa argentina estava mais desorganizada que o PTB de Nova Olinda.
Se a bola entra, nem Messi estaria a salvo da condenação.
A Copa do Qatar foi um torneio de surpresas e reviravoltas incomuns. Incontroláveis.
Mas, é aquela história: "Depois que o boi está morto, todo mundo pega no chifre".
Verdade.
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