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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de dezembro de 2022

DEPOIS QUE O BOI ESTÁ MORTO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


Todo time que adianta suas linhas e pressiona para tomar a bola no campo adversário corre o perigo de levar gol de contra-ataque.

Se o Brasil tivesse levado o gol contra a Croácia por estar recuado em seu campo, teria sofrido a mesma carga de críticas.

Certamente, diriam: "Tinha que pegar em cima, matar a jogada no nascedouro, etc, etc".

Acho que, naquele momento, a equipe ainda estava entorpecida pela emoção do gol de Neymar.

Não ocorreu, sequer, a lembrança de cometer a falta tática.

Vejam outra situação, desta feita, com relação à Argentina.

Imaginem se os hermanos perdem a Copa depois de estar vencendo a França no tempo normal, até 39 do segundo tempo, com uma vantagem de dois gols, e permitir o empate.

Em dois escassos minutos, Mbappé botou a França na parada.

Tem mais. Esteve o time do Scaloni em vantagem, de novo, na prorrogação, cedeu o empate e foi vencer nos pênaltis.

Sem contar que, na prorrogação, Kolo Mouani finalizou e a bola tocou na coxa de Emiliano Martinez, que evitou o gol. A defesa argentina estava mais desorganizada que o PTB de Nova Olinda.

Se a bola entra, nem Messi estaria a salvo da condenação.

A Copa do Qatar foi um torneio de surpresas e reviravoltas incomuns. Incontroláveis.

Mas, é aquela história: "Depois que o boi está morto, todo mundo pega no chifre".

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