"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
terça-feira, 11 de agosto de 2009
A salva do meio dia - Por Mundim do Vale.
Josefa Alves de Morais.
( Zefa do Sanharol)
Tudo quanto é atração
Na festa de agosto tem
Artista que vai e vem
Para o Creva e o calçadão.
Tem até um barracão
Onde se faz cantoria,
Recital de poesia
E o toque de sanfona.
Mas o que me emociona
É A SALVA DO MEIO DIA.
Os músicos fazem fileira
Pela rua principal
Nessa hora o pessoal
Já vai subindo a ladeira.
Quando o pano da bandeira
Balança na ventania
Vai provocando alegria,
Na mocinha da varanda.
Que desce e acompanha a banda
PRA SALVA DO MEIO DIA.
Quando a banda tá tocando
Na salva do padroeiro
A calçada do cruzeiro
Fica cheia esborrotando.
Chico Carrim vai chegando
Aciona a bateria,
A multidão esvazia
Depois volta com cuidado.
Para escutar um dobrado
NA SALVA DO MEIO DIA.
Mundim do Vale
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Josefa Alves de Morais.
ResponderExcluirMadrinha Zefa, minha avó paterna, era neta e bisneta de Jose Raimundo Duarte ao mesmo tempo. Como pode? Vejamos: No dia da Morte de Jose Raimundo, no velório, sua esposa Antonia de Morais Rego falou para os familiares: Retirem o corpo de Jose para casa de Joaquim Alves que eu vou ter menino! Nasceu então a filha caçula Isabel de Morais Rego. Isabel se casou, aos 14 anos de idade, com Francisco Alves de Morais, seu sobrinho e 23 anos mais velho do que ela, filho de sua irmã Teresa, portanto neto de Jose Raimundo. Deste casal nasceu Josefa Alves de Morais, neta pelo lado materno e bisneta pelo lado paterno, Esta foto é da década de 30. Madrinha Zefa do Sanharol era a expressão exata do afeto, carinho, brandura e paciência. Uma catequizadora, religiosa praticante, devota fervorosa de São Raimundo Nonato. Merece está presente nesta nossa relação dos amigos de São Raimundo.
Moraes
ResponderExcluirO Mundim tem dado aos usuários desse blog, com a maestria de um grande literato, momentos de grande descontração e prazer.
A vida é feito de artistas que pintam os nossos bons momentos, com todas as cores da sensibilidade do mundo.
A esse Mestre, o meu apreço.
Elmano.
ResponderExcluirObrigado por sua visita. É muito importante agente ser avaliado, especialmente quando a avaliador é gente da sua competencia. O Mundim é tudo isto que voce diz e muito mais. A sua importante avaliação há de deixa-lo orgulhoso e servi-lo de incentivo para outros trabalhos.
Um Abraço.
A. Morais
Elmano. Obrigado pelos seus valiosos elogíos, além de ficar grato eu quero acressentar que para falar da nossa boa terra e da nossa excelente gente, não faltam histórias.
ResponderExcluirAbraço.
Mundim.
Meu caro primo Morais. Não esqueça que eu sou mais antigo do que você
ResponderExcluire conheci muito bem madrinha Zefa.
Eu tenho gravado na memória, aquela expressão de fé e serenidade
que ela possuía. Me lembro muito
bem dos locais e das companhias,
na vazante, no Sanharol e na cidade, Com a minha mãe Iraci, com
Dona Adelina, com Aninha Marinheiro
com seus filhos, sobrinhos e netos.
Aqueles momentos me deixaram muitas saudades.
Abraço.
Mundim.
Moraes
ResponderExcluirO pontapé inicial para a montagemm da nossa biblioteca do Sanharol, ou melhor, Padaria Espiritual do Sanharol, já foi dado. Nessa hora nas estradas da Bahia, pelas mãos de um varzealegrense de fibra, João Bedeu, estão indo os primeiros exemplares. Foram boiando no acervo do ICC, que deverá fazer mais uma separata pro Sanharol.
Queremos ver essa semente germinando, e dando bons frutos.
Várzea Alegre é um Sol nas nossas vidas.
Um abraço cordial para o Osmundo Fiuza, amigo e companheiro de excelentes lembranças.
Elmano.
ResponderExcluirO Sanharol espera confiante e agradecido.
Primo
ResponderExcluirEsta foto da nossa querida Madrinha Zefa me trouxe grandes recordações sobre tudo que lhe falei naquela carta. Vejo-a chegando em nossa casa e puxando uma cantoria de algum hino sacro, em dueto com meu pai. E revejo a alegria de minha mãe com a presença dela. Na verdade uma era fã da outra. Nada mais opórtuno do que ser mostrada ilustrando os versos da Salva do Meio-dia.
Aproveito pra registrar aqui o grande orgulho que eu e toda a minha família temos desse nosso querido irmão Nanum - o Raimundinho Piau, o poeta Mundim do Vale que, além dessa maravilhosa veia poética que aflorou como sangria desatada, tem um caráter inigualável.