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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 15 de agosto de 2009

A salva do meio dia - V - Por Mundim do Vale

Dr. Aluisio Maximo de Meneses.


Eita bandinha descente
Que tem na minha cidade!
Na religiosidade
Ela está sempre presente.
Toca salva no sol quente,
Alvorada em manhã fria
E São Raimundo é quem guia.
Porque lá do seu altar,
Quer ver seu hino tocar
NA SALVA DO MEIO DIA.

Um roceiro vai passando
Pra comprar sal e café
Chega lá em João Bilé
E vai logo se sentando.
Passa um tempo conversando
Pede um copo de água fria,
Depois diz: - Vixe Maria!
Tá na hora de ir embora,
Todo dia eu perco a hora
NA SALVA DO MEIO DIA.

Um cachaceiro sem graça
Que da rua vem tombando,
Chega logo perguntando
Se por ali tem cachaça.
Senta no banco da praça
Falando de carestia,
Sem saber de economia,
Nem ter no bolso um tostão.
Depois se lasca no chão
NA SALVA DO MEIO DIA.

Por Mundim do Vale

2 comentários:

  1. Amigos do Dr. Aluisio.

    Alem de muito devoto o Dr. Aluisio tinha outras identificações com São Raimundo. Era neto de uma Raimunda, Dona Mosinha. Filho de um Raimundo e de uma Ramunda, “Raimundo Meneses e Risomar”. Dividiu sua vida profissional entre a Casa de Saúde São Raimundo e a Clinica São Raimundo. Como medico foi um grande protetor da gestante, principal causa do nosso padroeiro. Era portanto um grande amigo e seguidor de São Raimundo.

    Antonio Alves de Morais


    "Conheci pouco o Aluízio embora fôssemos parentes próximos. A vida tem lá dessas coisas. Nesta vida de médico temos pouco tempo para cuidar dos mais próximos e a vida nos vai levando aos borbotões. Lembro da última vez que o vi, creio que no casamento da filha de Alacoque de Tia Júlia. Conversamos animadamente impulsionados pelo whisky. Quem poderia imaginar que seria a última vez? Sei de toda sua dedicação aos pacientes e à família que conduziu com tanto desvelo. Ele era uma figura extremamente gregária e carregava consigo aquela alegria farta tão visível em todos os varzealegrenses. Formado, como todo bom varzealegrense, voltou à terra e foi ali que serviu tão bem aos seus parentes e conterrâneos. Teve uma vida curtíssima mas luminosa. Pela quantidade de depoimentos aqui percebe-se como deixou saudades e como tem feito falta à terra de papai Raimundo. Vida meteórica mas de brilho intenso".


    Dr. Jose Flavio Vieira



    "Também tive contato muito próximo com Aluízio, principalmente no tempo em que ele estudou em Fortaleza.

    Eu pensava que tinha noção do quanto ele era benquisto em Várzea Alegre, mas só agora nos últimos anos percebi que eu não sabia era de nada.

    Quando morei em Corumbá-MS, encontrei conterrâneos de Várzea Alegre. Depois que retornei, fui visitar a família deles no sítio Extrema. Ao entrar na sala principal da casa, comecei a olhar os retratos da família e, entre os irmãos, pais, avós, estava uma foto de Aluísio.

    Ao demonstrar que conhecia Aluísio, eles falavam com os olhos marejados que foi a maior perda que Várzea Alegre teve nos últimos anos.

    Ricardo Piau.

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  2. Também conheci muito bem o Dr. Aluísio, tanto em V. Alegre como aqui em Fortaleza. os nossos encontros era na praça da 13 de máio ou na casa do seu tío André.
    Os assuntos eram sempre soubre a terra do arroz ou a festa de São Raimundo Nonato.
    São muitas saudades.
    Raimundinho Piau.

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