Quando acadêmico de medicina, certa vez, o poeta veio passar umas férias no Ceara, em Barbalha, sua cidade natal. Convidado para animada festa carnavalesca, em cidade vizinha, lá encontra, no salão do baile, uma moça bonita, de traços fidalgos e inteligente, de nome Maria do Céu. Apaixonam-se mutuamente e dançam, sem mudar de par, a noite toda. Pela manha, ao despedir-se, deixa o poeta, em mãos da Céu, essa quadrinha:
Andando, da vida, ao leu,
Encontrei um Céu na terra
Que todo explendor encerra.
E eu sou o Deus desse Céu.
Terminadas as férias, parte saudoso, o poeta, para o Rio de janeiro, e, lá se fica até o termino do curso e colação de grau. Demora mais um ano freqüentando cursos de especialidades por achar isso necessário ao medico de clinica geral, que se propõe a enfrentar a patologia do sertão, onde, na época, não havia os especialistas de hoje. Por fim, após tantos anos de ausência, retorna o poeta a sua Barbalha. Certo dia, lembra-se da Maria do Céu e vai aquela cidade procurá-la. Quando a encontra... que tristeza! E que desilusão! Céu estava envelhecida, enrugada, magra, pálida, e decadente. Decepcionado, volta o poeta a Barbalha, dessa vez sem deixar versos em mãos da Céu, mas apavorado, recitando sozinho, estrada a fora, essa quadrinha:
Não quero mais desse Céu,
Ser o deus! Não! Padre Eterno!
Devolvei-me, a vida ao leu,
Porque Céu virou um inferno.
Dr. Mozart Cardoso Alencar.
Andando, da vida, ao leu,
Encontrei um Céu na terra
Que todo explendor encerra.
E eu sou o Deus desse Céu.
Terminadas as férias, parte saudoso, o poeta, para o Rio de janeiro, e, lá se fica até o termino do curso e colação de grau. Demora mais um ano freqüentando cursos de especialidades por achar isso necessário ao medico de clinica geral, que se propõe a enfrentar a patologia do sertão, onde, na época, não havia os especialistas de hoje. Por fim, após tantos anos de ausência, retorna o poeta a sua Barbalha. Certo dia, lembra-se da Maria do Céu e vai aquela cidade procurá-la. Quando a encontra... que tristeza! E que desilusão! Céu estava envelhecida, enrugada, magra, pálida, e decadente. Decepcionado, volta o poeta a Barbalha, dessa vez sem deixar versos em mãos da Céu, mas apavorado, recitando sozinho, estrada a fora, essa quadrinha:
Não quero mais desse Céu,
Ser o deus! Não! Padre Eterno!
Devolvei-me, a vida ao leu,
Porque Céu virou um inferno.
Dr. Mozart Cardoso Alencar.
O que devemos refletir no texto do Dr. Mozart, é que o tempo não passa só para um. Ele leva os dois. O que ela não teria dito tambem?
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