No ano de 1971, meu amigo Carlito Cassundé passou um domingo inteiro, bebendo cachaça no bar de Zé de Zuza. Para tira-gosto ele usou uma pequena banana maçã. Era uma questão de gosto dele, porque eu prefiro limão. Ele tomava uma dose e mordia a ponta da banana. Quando foi por volta das vinte horas, tomou a saideira despediu-se e foi saindo. Chagas Taveira que estava no local, notando que ele tinha deixado oitenta por cento da fruta falou: Arre égua Carlito! Se tu pegasse uma banana chifre de boi prumode tirar o gosto, tu ia acabar o alambique do Véi Vicente Vieira. Com trinta anos depois, apareceu a notícia em Várzea Alegre de que no quintal da casa de Bizim, tinha uma bananeira com mais de mil bananas no cacho. A notícia espalhou-se muito mais ligeiro do que descoberta de bucho crescendo em moça que mora em vila. Toda a imprensa regional foi para a terra do arroz, para cobrir a matéria que foi divulgada no Globo Rural. Quando Nicolau Inácio soube da notícia comentou: Mais menino! Uma bananeira dessas dava certinha era pra Carlito tirar o gosto. Só assim ele acabava com toda a produção de aguardente de Redenção: Depois dos comentários eu fiz esse mote:
Nem em cima nem embaixo
Nem achada nem perdida,
A cidade foi erguida
Nas margens de um riacho.
Mil bananas só num cacho
Bizim chegou a tirar.
Veio a T.V. pra filmar
Depois mostrou a proeza.
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
DIZ O DITO POPULAR.
Nem em cima nem embaixo
Nem achada nem perdida,
A cidade foi erguida
Nas margens de um riacho.
Mil bananas só num cacho
Bizim chegou a tirar.
Veio a T.V. pra filmar
Depois mostrou a proeza.
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
DIZ O DITO POPULAR.
Mundim do Vale.
Mundim.
ResponderExcluirNa verdade houve uma grande publicidade do cacho de banana maçã do Bizinho. Eu cheguei a ver o retrato. Lamento não saber onde foi guardado e não poder ilustrar essa sua postagem.
eu já vi esse retrato vou ver se eu consigo pra vc
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