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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 4 de agosto de 2013

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

A  BENÇA  PAI!

Antônio de Bezinha estava no estado de São Paulo e um certo dias resolveu telefonar para os pais, em Várzea Alegre-Ceará. Pegou um cartão, dirigiu-se para um orelhão
E discou. O seu pai Manoel um tanto brincalhão atendeu e deu-se o diálogo seguinte…
Manoel:
- Alô!
Antônio:
- Quem tá falando?
Manoel:
- É nóis dois!
Antônio:
- Eu quero saber é quem é que está do outro lado?
Manoel:
- Quem tá do ôto lado da rua é o gato de Belizária de Joaquim Fiúsa.
Antônio:
- Deixe pra lá. Aqui é seu filho Antônio. Bença pai!
Manoel:
- Aqui é seu pai Mané. Deu abençoi!
Antônio:
- Cadê mãe?
Manoel:
- Tá fiando lá no no corredor.
Antônio:
- Pois chame ela.
Manoel querendo fazer uma surpresa para a esposa, disse que um homem queria falar com ele mais não disse que era o seu filho. Bezinha demorou um pouco e Antônio perguntou:
- Cadê mãe pai? Ela vai atender ou não vai?
Manoel:
- Ela vai já. É pruque eu dixe a ela qui tinha um ome querendo falar cum ela e cuma ela tava disprivinida, vortou prumode se compor.
Antônio:
- Pois diga a ela que aví logo que o meu cartão tá já zerando.
Quando Bezinha atendeu não tinha mais ninguém na linha. Ela falou séria para Manoel:
- Cadê o omi qui tu dixe qui quiria falar.
- Era ontõe. Mais tu custou e ele disligou.
- Quando eu tou acupada num gosto dessas suas gracinhas não. Omi disacupado dento de casa,só presta se foi dibacho de pêa.

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