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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A Farsa do Plebiscito de 1993 – 1ª Parte


Fonte: site “monarquiaconstitucional.jusbrasil.com.br”



     As novas gerações desconhecem os fatos a seguir comentados. Aproveitando a empolgação, com a promulgação da 6ª (sexta) constituição republicana brasileira, em 1988, nossas autoridades marcaram o plebiscito (prometido pelos golpistas em 1889) para o dia 7 de setembro de 1993. Mas, inexplicavelmente anteciparam o plebiscito para 21 de abril daquele ano. O Plebiscito de 1993 foi uma fraude eleitoral. Regulada pela lei 8.624 de 4 de fevereiro de 1993 cujo grande objetivo foi legitimar, após 104 anos, o golpe militar que impôs a república no Brasil em 15 de novembro de 1889.

Só para lembrar, 21 de abril é um feriado no Brasil que presta homenagens Tiradentes. Se desse certo o golpe liderado por Tiradentes para separar Minas do resto do Brasil, e implantar a república de Minas Gerais, a consequência seria óbvia: a divisão do Brasil em dezenas de republiquetas pobres e desunidas semelhante ao que é hoje em relação à América Latina espanhola.

Por falta de Ídolos, os republicanos golpistas do séc. XIX transformaram Tiradentes no símbolo do “herói” que morreu em prol da “liberdade”. Até deram feições de Jesus Cristo para Tiradentes ficar mais convincente.

Enfim, por ser uma data que evoca os sentimentos republicanos, por si só deveria ser considerada suspeita. O plebiscito jamais poderia ser realizado nesse dia. No entanto, o plebiscito foi realizado em 21 de abril e ninguém questionou o poder de influência do símbolo Tiradentes sobre os eleitores.

                                                     O plebiscito teve legitimidade?

O plebiscito de 1993 em si não tem legitimidade, apesar de ser considerado juridicamente válido. O plebiscito foi mais um golpe político que entrou para os livros da história como “festa da democracia”, apesar de ser questionável em vários aspectos. Passaram-se 26 anos desde o sufrágio que deu 6.843.196 de votos representando 13,4% dos votos válidos à restauração da Monarquia.

A Proibição do STF

O STF proibiu os príncipes da Família Imperial de Orleans e Bragança de aparecerem na televisão. Os maiores conhecedores da monarquia, os príncipes, não puderam falar na TV por ordem do STF. E o povo só viu propagandas direcionadas em favor da República. Como aquela feita pelo ator Milton Gonçalves que dizia: “Não abro mão do meu voto”. Ora, em toda monarquia parlamentar o povo vota para vereador, prefeito deputado (federal e estadual) governador e senador. Mas o engodo republicano funcionou.

Por todas essas vicissitudes, o plebiscito de 1993 é totalmente inválido do ponto de vista moral. Ele foi tão somente uma tentativa grosseira e mal-intencionada de legitimar um sistema de governo que nasceu de um golpe militar e que nunca deu certo no Brasil.

Apesar de sua validade jurídica, o plebiscito de 1993 é um exemplo vivo de como as massas podem ser manipuladas e usadas para se legitimar o ilegitimável e, ainda assim, conseguir a simpatia internacional por passar a imagem de “bom moço” que promove a “democracia”.

Ademais, o conhecimento que se tinha do período monárquico no Brasil era repleto de preconceitos e ranço republicano. Basta ver o filme “Carlota Joaquina: a princesa do Brasil” que não deixa dúvidas sobre essa visão limitada e preconceituosa.

Apesar de mentiroso e tendencioso, esse filme é exibido nas escolas para “ensinar” história do Brasil aos alunos.


Um comentário:

  1. Coisa de difícil compreensão. Quem mais se beneficiou com a monarquia, com a decisão da Princesa Isabel com a lei Áurea foi contratado garoto propaganda conta a Monarquia.

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