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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A Farsa do Plebiscito de 1993 – 2ª Parte


Fonte: site “monarquiaconstitucional.jusbrasil.com.br”


A Cédula do Plebiscito de 1993

A própria cédula confundiu “Forma de Governo” com “Sistema de Governo”. Observe como a questão estava centrada em “parlamentarismo” e “presidencialismo”. O tema monarquia era tratado em segundo plano quase como uma “questão trivial”.

A cédula em si mesma já era tendenciosa e incentivava o eleitor a votar em “presidencialismo republicano” porque essa era a opção mais fácil de marcar na cédula.

O plebiscito misturou a escolha da Forma de Governo (monarquia ou república) com o Sistema de Governo (parlamentarismo ou presidencialismo). E a mistura foi feita de propósito porque os políticos sabiam que o povo já tinha inclinação para apoiar a república presidencialista.
A mistura desses dois assuntos no mesmo plebiscito só confundiu o eleitor e ainda favoreceu o “presidencialismo republicano” por ser a opção mais fácil de marcar na cédula.

A Manipulação da História

Depois de 104 anos ensinando nas escolas que a “república era boa”, e a “monarquia má e totalitária” era no mínimo suspeito o governo propor um “plebiscito democrático” perguntando ao povo se ele queria república ou monarquia.

Evidentemente, o povo escolheu a república. Para ele, era o mais certo a escolher. O povo foi ensinado desde criança que a república é “progresso”, “democracia” e “liberdade”. E, também, o povo foi ensinado desde criança que a monarquia é “retrocesso”, “autoritarismo” e “escravidão”.
Na verdade, até hoje esse preconceito continua nos livros de escola. Até mesmo os professores universitários, que deveriam ser mais cultos, prestam-se a repetir esses preconceitos sem nenhum remorso de consciência.

Basta pegar alguns livros escolares para ficar chocado com a capacidade dos escritores de mentir, ignorar os fatos históricos e desprezar as estatísticas mundiais sobre democracia, desenvolvimento humano e honestidade.

As estatísticas apontam o caráter superior da monarquia em promover democracia, desenvolvimento humano e honestidade. Bem como reprovam a república presidencialista em todos esses critérios.
Ao mesmo tempo, as estatísticas mostram a república parlamentarista como opção secundária não tão eficiente quanto à monarquia parlamentar, mas pelo menos superior a república presidencial na capacidade de produzir resultados.

No entanto, isso tudo é ignorado e os livros de história continuam fazendo propaganda antimonárquica e pró-república sem serem questionados pelos intelectuais deste país.
A verdade quase nunca acha ocasião para aparecer e é sempre motivo de chacota. E, para nossa tristeza, são os “doutores” que escrevem os livros formadores de opinião. E é por meio dessa cultura, que se forma o professor de nossos filhos.

É importante lembrar que até 1988 era crime defender a monarquia no Brasil. Havia impedimento constitucional. Não era sequer permitido publicar livros a respeito do tema. Não passava pela censura. Nem os pesquisadores sabiam o que era a monarquia. Quase tudo que se tinha notícia era envolto em folclore e lenda.

Um comentário:

  1. Coisa de povo hipócrita e sem noção, quem mais se beneficiou da Monarquia, foi quem se colocou na propaganda oficial contra ela. Uma pena.

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