Corria o ano de 1946, Julho, do século passado e morávamos na fazenda Cabeça da Vaca, município de Juazeiro do Norte onde meu pai, Amadeu Carvalho de Brito era administrador, quando num certo dia, as 5.30 horas de uma manhã, para na porteira do curral um automóvel e dele se apeiam três senhora bem apessoados e de aparência citadinha.
Bom dia, primo Amadeu; viemos ajudar você a tirar o leite.
De principio papai não os reconheceu, mas logo um outro falou:
É o Interventor Federal do Ceará que veio lhe visitar.
Os circunstantes eram : Pedro de Brito Firmeza, Interventor do Ceará, de 16 de fevereiro a 28 de Outubro de 1946, seu irmão Milton de Brito Firmeza e o irmão do meu pai que residia em Fortaleza, Pedro Carvalho de Brito.
Após uma solenidade e pernoite no Cariri, a autoridade resolveu visitar o primo.
Pedro Firmeza de Brito.
ResponderExcluirDeputado Federal - CE 1935-1937 : Interventor - CE 1946.
Pedro de Brito Firmeza nasceu em Assaré (CE) no dia 17 de fevereiro de 1901, filho de Hermenegildo Brito Firmeza e de Bárbara de Brito.
Estudou no Instituto Miguel Borges e no Liceu Ceará, ambos em Fortaleza. Em 1919 iniciou suas atividades jornalísticas como redator da Folha do Povo, tornando-se no ano seguinte redator e diretor do Diário do Ceará, atividade que exerceria até 1930.
Em 1924 bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Ceará, tornando-se nesse mesmo ano subauditor da Justiça Militar do seu estado. Ainda em 1924 elegeu-se deputado à Assembléia Legislativa do Ceará. Reeleito nos pleitos de 1927 e de 1930, permaneceu na Assembléia até outubro desse ano, quando, com a vitória da Revolução de 1930, foram suprimidos todos os órgãos legislativos do país. Durante o exercício de seus mandatos foi primeiro-secretário do Legislativo cearense. Ainda em 1930 tornou-se redator-chefe do Correio do Ceará, atividade que exerceria até 1937.
Com a reconstitucionalização do país, elegeu-se no pleito de outubro de 1934 deputado federal pelo Ceará. Assumindo o mandato em maio do ano seguinte, foi, durante essa legislatura, membro da Comissão de Finanças e relator de orçamentos e projetos referentes à educação, à saúde e à cultura. Em 1937 renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados para assumir o cargo de ministro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. No dia 10 de novembro desse mesmo ano, com o advento do Estado Novo (1937-1945) foram suprimidos todos os órgãos legislativos do país.
Em fevereiro de 1946, após a queda do Estado Novo (29/10/1945) e a reconstitucionalização do país, foi nomeado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) interventor federal no Ceará em substituição ao interventor Acrísio Moreira da Rocha. Nesse mesmo ano, no mês de outubro, foi substituído pelo interventor José Machado Lopes.
Após sua saída da interventoria, reassumiu o cargo de ministro no Tribunal de Contas do Distrito Federal, função que desempenhou até falecer em 2 de junho de 1965, no Rio de Janeiro.
Era casado com Margarida Aguiar Firmeza, com quem teve três filhas.
Pedro Firmeza nascido em Assaré, no Cariri
ExcluirTenho um amigo, aqui em Fortaleza, que se chama Hermenegildo Firmeza. Ele vomenta que tem origem parentesca no Cariri, certamente provém desse ramo familiar a que o texto se refere.
ResponderExcluirVerdadeira aula de história, digna de ser apreciada. ⁷
ResponderExcluirMeu tio , Pedro Firmeza homem de caráter invejável ,assim como todos os filhos de Hermenegildo Firmeza ,O Patriarca!!
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