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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 11 de janeiro de 2020

O amor do Imperador Dom Pedro I pelo Brasil





   Em 1831, se o Imperador Dom Pedro I desembainhasse sua invencível espada, a uma só palavra, a um só aceno seu, ondas de sangue teriam tingido nossas praças, e a fúria de uma indômita guerra civil invadiria por inteiro o Império do Brasil.

    Sua abdicação espontânea, portanto, teve ainda a vantagem de arrancar a Pátria ao estigma de revolucionária. Foi a Coroa devolvida na ordem de sucessão, segundo o direito fundamental, e por ato legal e voluntário do Soberano abdicante. Não houve combate, sangue ou resistência.

    Uma testemunha ocular dos fatos afirmou que durante os dias em que o Imperador, agora Duque de Bragança, esteve a bordo da nau britânica Warspite, preparando-se para partir para a Europa, recebeu valiosíssimos oferecimentos de algumas das mais leais espadas. Agradecendo, pediu a todos que as reservassem para a defesa do Trono de seu filho, o pequeno Imperador Dom Pedro II, acrescentando:

     – Desde que livremente abdiquei, o desembainhar a minha espada já não seria ato de Rei, mas de rebelde. 

(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, escrito por Leopoldo Bibiano Xavier).


Um comentário:

  1. O amor que Dom Pedro I tinha pelo Brasil era exatamente proporcional a falta de amor que a republiqueta de meia pataca e seus representantes tem com o pais. Repito sempre : Os monarcas preparam sucessores, os presidentes da republica arrumam os seus descendentes, os seus herdeiros.

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