Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Diminuição da população indígena no Brasil: “genocídio” ou miscigenação? – por Armando Lopes Rafael

 

     Já li alhures que as universidades públicas brasileiras servem para duas coisas: formar mão-de-obra profissional e, ao lado disso, servir de máquinas para produzir e aparelhar soldadinhos para a esquerda troglodita... A bem dizer, a função primordial de uma universidade é produzir novos conhecimentos, acima dos usados pela média da população ativa da sociedade,  e cumprir essa missão na formação e transformação do homem.

     Rotineiramente, nos meios universitários, volta-se a bater no velho chavão: os portugueses foram responsáveis pelo genocídio de todos os nossos índios! Afirmam, alguns mestres, à exaustão, que à época do descobrimento existiam entre 5 a 7 milhões de silvícolas no Brasil. Não há base científica para se avaliar quantos índios habitavam aqui em 1500. Tudo não passa de chutômetro. Mas como hoje só temos cerca de 800 mil índios vivendo em aldeias, professores abusam do argumento de que houve chacinas homéricas contra as populações indígenas. Houve, é verdade, sangrentas batalhas entre europeus e índios. Como também havia cruéis batalhas entre as próprias tribos que se dizimavam constantemente entre si. Mas isso é omitido aos soldadinhos-alunos.

    Ora, ao longo dos séculos, um grande número de indígenas foi se aculturando, ou seja, assimilando o modus vivendi do português. E o que dizer da grande miscigenação ocorrida entre os colonizadores lusos e as raças indígenas que aqui viviam? Dificilmente se encontra hoje um brasileiro com características só europeias. Todos nós carregamos nas veias um percentual de sangue indígena e africano. Muitos portugueses, alguns até fidalgos, se consorciaram com índias de tribos amigas. O casamento, na Igreja Católica, de Diogo Álvares (o "Caramuru") e a índia Paraguassu é o exemplo clássico do português e da índia que deram origem a inúmeras e importantes famílias brasileiras

     Lembram do lendário Jerônimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário de Pernambuco? Jerônimo foi casado com uma filha do cacique Uirá-Ubi (arco verde, no idioma nativo) pai de 34 filhos (entre legítimos e ilegítimos). Dele descende em linha direta o primeiro cardeal da América Latina, Dom Joaquim Arcoverde Albuquerque Cavalcanti. E o que dizer das uniões naturais, entre lusos e índias, habitualmente muito fecundas, que deram origem a importantes clãs familiares brasileiros? Ficaria longo e enfadonho falar dessa miscigenação que resultou numa raça mestiça forte, fruto de uma e outra etnias, cujo resultado foi os bandeirantes paulistas, conhecidos como Raça de Gigantes, responsáveis pela conquista do imenso interior brasileiro...

         Mas para os trogloditas das universidades públicas o que ocorreu no Brasil foram só “genocídios” contra nossos ancestrais indígenas...



Um comentário:

  1. Prezado Armando - Eu sou da opinião que o Brasil é um só. O território, o povo, tudo. Deve ser misturado todas as raças e que elas tenham direito igual a tudo. Riquezas, educação, saúde e bem estar.

    ResponderExcluir