Quando é tempo de eleição
Gente pobre tem valor,
Político dar atenção
A qualquer um eleitor.
A mulher do candidato
Dança com Chico Onorato
E a filha com Assis Mota.
Fazem samba na ribeira
Nos dias de sexta feira
E os pobres, nem paga cota.
No dia da votação
As cinco da madrugada
O matuto abre o portão
E corre para a calçada.
Depois acorda a mulher,
Dizendo que o chofer
Já apitou na ladeira.
A mulher acorda Antão,
Margarida, Damião,
Juvenal e Oliveira.
O chofer se aproxima
Desce o cabo eleitoral
Bota e meninada em cima
E na cabine o casal.
O chofer liga o motor,
Sai recolhendo eleitor
Em cada localidade.
E aquele povo enganado,
Naquele carro apertado
Vai tangido pra cidade.
Assim que chegam na praça
É grande a recepção,
Tem mocinha que abraça
E rapaz que aperta a mão.
É uns chamando compadre,
Outros chamando comadre
Com toda delicadeza.
Aparece um cidadão,
Leva tudo pra mansão
Com o almoço já na mesa.
Na mansão o candidato
É quem recebe o povão,
Vai logo servindo um prato
Com lingüiça e macarrão.
Os eleitores na mesa,
Esquecem que a gentileza
É somente aquele dia.
Vão pra seção doze e meia,
Votam com a barriga cheia
E a cabeça vazia.
Quando passa a eleição
Eles voltam na cidade,
Mas encontram na mansão
Só um vigia na grade.
Pedem pra falar com o dono,
Mas ficam no abandono
Sem ninguém lhes atender.
Foi aquela, uma lição,
Para na outra eleição
O eleitor aprender.
Mundim do Vale.
Dedicado a Antônio Morais e Luís Lisboa.
Caro Mundim.
ResponderExcluirÉ deste jeito. Só que o povo continua o mesmo. Não aprende, não muda. Escolhe por emoção e nunca pela razão.
Muito obrigado pela parte a mim dedicada.
Abraços.
Antonio Morais
Mundin,
ResponderExcluirO povo, dessa maneira,
Continua sem opção,
Pois no jogo da política
É ladrão versus ladrão.
Na ideia, muito unidos,
Com os dois lados protegidos
Não haverá solução.
Um abraço.
Este eleitor pacato
ResponderExcluirvive da situação
crer em qualquer candidato
não importa se é ladrão
se o seu candidato vence
Deus escultou sua prece
e continua sonhando
diz que se o partido tá ganhando
o seu voto ele não mexe.
Mundim um abração.
Luiz Lisboa
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAo nosso colaborador Mundin do Vale que muito encanta com seus versos e poesias, os mais sinceros elogios, pois se trata de um autor que descreve a realidade de fatos acontecidos no meio onde convivemos vivemos.
ResponderExcluirÉ verdade e não discute
Só se vê corrupção
Discursos e mais discursos
E nada de produção
A roubalheira é infinita
E nada de prisão.
Há quem um voto aqui compre
ResponderExcluirE revenda ao outro lá;
E diz que a lei não corrompe
Pois esta ao seu lado está.
Dinheiro é água de fonte
Que todos podem esbanjar.
Só promessas para o povo,
Dizendo: votem de novo!
Eu prometo outra ponte,
Saúde, também escolas, e ônubus no circular.
Não saiu tão bom como os outros mas...