Os seus cânticos mamuriantes enchem a noite caririense, nos ínvios caminhos que levam ao Rubão. Vestindo togas vermelhas com desenhos amarelos e capuzes brancos, formam um estranho e misterioso cenário dentro da noite.
Não tem dias certos para suas reuniões dependendo dos pedidos que lhes fazem as pessoas amigas, pecadoras, parentes e até desconhecidos.
Ao som dos cânticos sofridos, cantam incelenças e ladainhas aos mortos. São comandados pelo Decurião, especie de chefe de sua estranha seita. Á frente do tétrico cortejo segue o Decurião com o cruzeiro, todos de pés no chão, supliciam os mesmos entre pedras e espinhos.Sem destino seguem a lugar nenhum - mas voltam sempre suados, sangrentos e felizes, ao ponto de partida. A ação dos penitentes se desenvolve também junto as cruzes das estradas, tão comuns nos sertões. E esse aparato é em favor das almas pecadoras, redimir o mundo dos pecados.
Até quando nossas almas rudes e puras, ficarão incrustadas essas concepções errôneas de religião e fé? Até quando esses ritos sangrentos e bárbaros desafiarão a igreja e a civilização.
A cultura dos penitentes é uma das mais antigas de Varzea-Alegre. Eles aparecem sempre no periodo da Semana Santa.
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