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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 8 de agosto de 2020

O MUNDO E O RÁDIO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Lá pelos anos 1930, o compositor baiano Assis Valente e a cantora Carmem Miranda se juntaram para anunciar e garantir que o mundo ia se acabar.A grande fauna de videntes, formada por profissionais que trabalham com previsões e adivinhações, decretaram, mais de um milhão de vezes, que o mundo iria para o brejo.Algumas projeções nesse sentido até que se aproximaram de uma causa factível para tal destruição: o contágio aniquilador das viroses.Nessa direção, estamos no meio de uma peste causada pelo novo coronavírus, que já ceifou, miseravelmente, mais de 700 mil vidas.Por meio de água, como no dilúvio, são desmoralizadas as previsões para o fim do mundo, embora as cidades estejam se acabando por enchentes.Nas pequenas cidades do interior, onde não faltam doidos dando cotôco, as pessoas costumam dar atenção aos malucos que anunciam o fim do mundo.Apesar dessa mania de destruição que acomete profissionais e amadores na arte da advinhação, o mundo tem resistido firme e forte a todos os falsos alarmes dos que desejam que tudo vá para o beleléu.Depois do foco sobre as dores do mundo, mergulho na outra parte dessa narrativa, para falar do veículo de nossa ocupação profissional: o rádio.O rádio, velho e fiel companheiro, sempre a provar que a solidão e a melancolia nunca foram soluções para enfrentar as vicissitudes da vida.Pois, esse instrumento, que ornou páginas importante na história do mundo, foi anunciado como morto em vários momentos de sua trajetória.Quando pariu a televisão, emprestando seus maiores valores para que esse equipamento funcionasse, deram até um enterro de segunda ao querido rádio.Com a chegada da internet e suas redes sociais sem leis, decretou-se, de novo, o seu desaparecimento.Mesmo com esses solavancos, é numa crise, como essa causada pelo coranavírus, que o rádio dá mais uma demonstração de vitalidade como veículo de maior credibilidade, como atestaram as pesquisas.O rádio viu crescer a sua eterna importância como legítimo veículo de comunicação de massas.

O rádio vive.

Um comentário:

  1. Na década de 40 do século passado o senhor Acelino Leandro criou uma loja de eletrodoméstico em Várzea - Alegre. O primeiro rádio foi vendido para Chico Inácio do Sitio Boa Vista. Mestre João Alves, o montador do aparelho colocou os apetrechos numa carga num burro e amarrou duas varas num formato de baliza de futebol.

    Ligou a fiação e o rádio e saiu caminho a fora. Quando a matutada ouvia a zoada do rádio corria com medo do burro falante.

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