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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 28 de junho de 2016

O outro lado da moeda: A “União Europeia” abandonada pela Inglaterra – por Paulo Roberto Campos

Matéria publicada no site http://ipco.org.br
 Britânicos comemoram a saída da Inglaterra da União Europeia

A retirada da Inglaterra da UE mediante o recente plebiscito popular — que contou com 51,9% contra a permanência na UE e 48,1% a favor — pode ter sido o meio escolhido pelo país para ver-se livre das tirânicas imposições da UE, evitando assim perder suas características, suas tão belas tradições e a enorme riqueza que suas artes e seus valores peculiares encerram.

Num artigo escrito pelo pensador católico Plínio Corrêa de Oliveira, o autor prognosticava que a constituição de um só bloco de nações europeias poderia padecer subjugado por ferrenhas mãos de burocratas que ditariam como cada país deveria ou não proceder. Vejamos parte do texto:

“Uma Federação que procura passar a esponja sobre tantos séculos de História, evidentemente não pode ser construída só por um grupo de políticos e homens de gabinete, mediante a assinatura de um tratado. […]
“Assim, pois, resumindo nossa impressão, tudo indica que, exceto uma guerra, nenhum fato natural deterá a constituição da Federação. Tanto mais quanto seus dirigentes já declararam oficialmente que saberão andar passo a passo, montando aos poucos as peças do novo organismo, e começando judiciosamente pelos alicerces”.

Plinio Corrêa de Oliveira, no mesmo texto, trata do perigo que representaria uma Federação Europeia como um plano marxista para a implantação de uma República Universal, cujo governo visaria eliminar as desigualdades justas e harmônicas dos povos, assim como a beleza que há nas sadias características e costumes próprios da alma e da cultura de cada região. Para se constituir tal República Universal, seus dirigentes teriam também o objetivo de fundir as nações num amálgama amorfo e igualitário e suprimir os governos próprios de cada país, bem como suas fronteiras. Por isso certamente, a maioria dos britânicos, receando perder algo de sua soberania, já deu um  “tchau querida” para a União Europeia...




Um comentário:

  1. Se eu fosse inglês teria votado sim. A monarquia inglesa é exemplo a ser seguido, e, não ser uma seguidora do conglomerado frances/alemão.

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