O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira afirmou nesta quarta-feira, durante testemunho à comissão processante do impeachment, que técnicos da equipe econômica tentaram alertar a presidente afastada Dilma Rousseff sobre as irregularidades cometidas por meio das chamadas pedaladas fiscais, mas acabaram "massacrados" pelo governo. Oliveira falou durante toda a tarde aos senadores que julgam no colegiado o processo de impeachment e declarou que a petista tem responsabilidade pela maquiagem nas contas públicas e pela geração de um "superávit fictício" para omitir da sociedade a situação de penúria do Erário.
No Congresso, o procurador desqualificou a tese do advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, de que os argumentos que embasam o processo teriam por objetivo considerar como dolosos ou criminosos quaisquer outras interpretações que não as dos próprios acusadores. "Vamos ressaltar aqui que os técnicos do Tesouro, de dentro do Ministério da Fazenda, alertaram para a ilegalidade. E não foi permitido que eles se manifestassem, foram massacrados dentro do Poder Executivo. Então, estava claro que (...) ele sabia muito bem que estava descumprindo a lei e a posição dos técnicos do Tesouro confirma isso", afirmou. "Eu não conheço uma opinião de jurista que diga que não pagar o BNDES ou o Banco do Brasil e utilizar esses recursos para outras despesas é uma prática de gestão fiscal responsável. Isso é uma fraude", completou.
Em matéria de descumprir a lei é com o PT mesmo.
ResponderExcluir