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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 27 de abril de 2017

Iniciado o processo para beatificação da Princesa Isabel

Desde 2011, uma singular notícia chegou aos brasileiros: o possível início do pedido de beatificação da Princesa Dona Isabel, que completará no próximo dia 14 de novembro, 96 anos de falecimento.

Fonte: Blog Monarquia Já 
 O culto a Princesa Isabel já era comum desde o final do século XIX

Nascida em 29 de julho de 1846, Princesa Imperial do Brasil, Herdeira do Imperador Dom Pedro II, filha também da Imperatriz Dona Teresa Cristina, a Princesa Isabel foi educada privativamente, de acordo com os preceitos morais e religiosos de sua época, tendo em vista também a posição que lhe era devida com a futura ascensão ao Trono.

Casada com o Príncipe Gaston d’Orléans, Conde d’Eu, da França, Dona Isabel teve com ele três filhos – Dom Pedro de Alcântara (Príncipe do Grão-Pará e Herdeiro Presuntivo do Trono Imperial até 1908, data em que renunciou por si e por sua descendência), o Príncipe Dom Luiz (Príncipe Imperial do Brasil) e Dom Antônio.

 Dona Isabel foi Regente do Império por três vezes em períodos que juntos comportam quase quatro anos, foi também a segunda mulher a governar o Brasil independente. Exemplo de Chefe de Estado e de Governo, cidadã, filha, esposa, mãe e avó admirável, Dona Isabel foi a grande propulsora do abolicionismo no Brasil, teve ela uma história de grande cumplicidade com os escravos. No Rio, em seu palacete ou em qualquer residência da Família Imperial, não havia escravos. A Princesa abrigou em suas propriedades, por muitas vezes, os escravos fugidos de grandes propriedades.

A Família Imperial se empenhou desde o começo pela abolição. D. Pedro I quis incluir uma cláusula com a abolição da escravidão na primeira – e única! – constituição do Império. Foi José Bonifácio que o demoveu, dizendo que uma medida de tão grandes consequências causaria convulsões, problemas sociais e políticos, e no momento era inviável para o Brasil, que se arriscava a perder sua integridade, esfacelar-se em várias repúblicas. Mas os imperadores sempre tiveram essa meta diante dos olhos. Já   D. Pedro II premiava os senhores que libertavam seus escravos. 

A Princesa Isabel realmente foi católica no fundo da alma, até o fim da vida. Com 14 anos ela prestou o juramento de estilo perante as Duas Câmaras. Aos 48 anos, foi reconhecida solenemente como herdeira presuntiva do trono. O Conde d’Eu, segundo Hermes Vieira, se sentia bem ao lado dela. Era simples, boa, afetuosa e pura.Frequentava assiduamente as missas e nessas comungava sempre. Fazia muita caridade junto à pobreza do Rio de Janeiro sem nenhum alarde.

São duas as Arquidioceses que estão propondo a beatificação da Princesa Isabel: a de Paris e a do Rio de Janeiro. Aguardemos o desenrolar desse pedido.

(Postagem de Armando Lopes Rafael)

6 comentários:

  1. Que seja bem sucedido. Pelo bem que praticou e fez ao povo muito merecido. Merece aplausos e louvores.

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  2. Foi ela a primeira mulher a ser Chefe de Estado do Brasil.
    Mas, ainda tem troglodita e analfabeto que diz que "Dona Dilma foi a primeira".
    Santa ignorância!

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  3. Quando a beatificação for confirmada o Brasil, através do governo republicano, vai querer tirar vantagem disso. Pode acreditar.

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  4. Com toda certeza Jozinaldo Freitas - O Lula ficará na frente para ser o primeiro que o Papa benze a testa como fez com o Maduro. Vi uma foto, ridículo.

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  5. Como diria o Barão de Paranapiacaba, "Oxalá veja um dia o mundo católico a vossa beatificação e a Igreja acolha também em seu seio a Santa Izabel brasileira".

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