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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 21 de abril de 2017

O mito Tiradentes

Enquanto o Império teve grandes vultos, nomes ilustres – os Imperadores Dom Pedro I (1798-1834) e Dom Pedro II (1825-1891), a Imperatriz Dona Leopoldina (1797-1826), a Princesa Dona Isabel (1846-1921), José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o Duque de Caxias (1803-1880), apenas para citar alguns poucos –, a República não tinha ninguém.

Assim sendo, o novo regime precisava, o mais rápido possível, de um herói, de um símbolo. Foi escolhida a obscura – e, até então, largamente desconhecida – figura de Joaquim José da Silva Xavier, participante do movimento conhecido como Inconfidência Mineira, revolta que, nos idos de 1789, pretendia separar a então Capitania de Minas Gerais do resto do Estado do Brasil, formando uma República, nos moldes da que foi estabelecida nos Estados Unidos, após a rebelião contra a autoridade do Rei George III do Reino Unido (1738-1820) – e, diga-se de passagem, assim como os republicanos americanos, os inconfidentes mineiros eram a favor da escravidão.

Como nos conta a História, a Inconfidência foi devidamente esmagada e seus líderes pagaram por seu crime de lesa-majestade, traição contra a augusta e fidelíssima Rainha Dona Maria I de Portugal (1734-1816). Na manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier foi conduzido pelas ruas do Rio de Janeiro e, após a leitura de sua sentença, a Rainha foi aclamada pelo povo, o criminoso foi enforcado e teve seu corpo esquartejado.

A República, então, tratou de inventar uma falsa história de grandeza a este homem que não passou de um revoltoso, que queria uma república escravocrata em Minas Gerais e que o resto do Brasil fosse às favas. Chegou-se ao absurdo de se retratar “Tiradentes” – com ficou conhecido, devido à sua profissão de dentista – semelhante a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Contudo, mesmo com todas as mentiras criadas pela República, um estudo da História verdadeira nos mostra que “Tiradentes” é uma farsa, um herói patético de uma República patética – que, após mais de cento e vinte e cinco anos, continua sem verdadeiros heróis, tendo apenas tipos como o fascista Getulio Vargas (1882-1954), o bandido Lula da Silva, a terrorista Dilma Rousseff e o ladrão José Dirceu. A República, fortalecendo o mito de seu “herói”, até concedeu pensões a seus descendentes, pagas com o dinheiro do contribuinte.

A imagem que acompanha esta publicação nos foi enviada por um de nossos seguidores, que é Professor de História e ficou indignado ao constatar que a apostila utilizada pela escola onde leciona atesta o seguinte: “Joaquim José da Silva Xavier, o mártir da independência”. Nossa resposta é simples: a Independência do Brasil não tem mártires, mas tem um herói, nosso Imperador Dom Pedro I, o Libertador.

Por fim, 21 de abril deveria ser um dia em memória da Rainha Dona Maria I, nossa grande Soberana – a primeira a por seus régios pés em solo brasileiro.

Publicado originalmente no site Causa Imperial

3 comentários:

  1. Prezado Armando Rafael - Ontem, eu estava na Praça Siqueira Campos e um amigo por quem tenho muito respeito, porque é bem mais idoso do que eu, e, que por essa razão merece ser ouvido por sua experiência de vida disse o seguinte : Tiradentes nunca foi a figura que dizem ter sido. Sua historia é completa de mentiras e muito mal contada como tudo nesta republica.

    É duvidoso que tenha sido ele que foi morto e esquartejado. Ele fugiu e em seu lugar sacrificaram outro Zé Mané. Tiradentes era rico, e não gostava de pagar impostos como todo contrabandista. Diante daquele senhor vivido, experiente e conhecedor das tramoias da republica, do que são capazes para enganar, fiquei certo que a historia do Joaquim José da Silva Xavier é muito mal contada.

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  2. ENVIADO POR EMAIL - CRONISTA WILTOM BEZERRA :

    Morais.

    Transmita ao Armando Rafael a minha felicidade em ler o seu recado. Nos tempos da Rádio Araripe, o Armando sempre se mostrou uma pessoa reflexiva e muito serena.

    Tenho acompanhado seus artigos sobre os mais diversos assuntos. Não tenham dúvidas, trata-se de um intelectual de mão cheia.

    Wilton Bezerra.

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  3. Morais:
    Fico satisfeito que Wilton Bezerra tenha lido meu comentário. Sinal que é mais um leitor fiel deste blog.

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