Em pé, da esquerda para direita: Pedro, Vitorino, Raimundo de Borginho, Buita, Raimundo Vaca Velha, Tigela. Sentados mesma ordem: Olímpio, João de João Doca, Negrinho de seu Totô, Ronaldo e Vicente Boca de Fogo.
Já temos contado e recontado historias e estorias de futebol em Várzea-Alegre das mais diversas. Esta é simplesmente inusitada.
Várzea-Alegre era tradicional em ter grandes equipes até que construíram um bom estadio e depois dele nunca mais formou um bom time.
Vamos ao que interessa. Na década de 60 do seculo passado, tivemos varias equipes mirins. A mais conhecida era o Alvorada coordenada pelo desportista Azarias Martins.
Na equipe tinha dois irmãos cujo pai não queria saber de filho jogando bola. Pra ele futebol era coisa de malandro. Nos jogos, o pai, vez por outra, dava uma olhadinha no estadio pra ver se os filhos estavam jogando. Se tivessem era cipó no lombo a perder de vista.
Com essa ameaça os meninos ficaram espertos, jogavam de olho na plateia para se prevenirem do perigo, da peia.
Numa decisão importante, o juiz notou que um time uma hora tinha 9 jogadores, outra hora voltava a ter os 11. E, curioso com aquela situação quando notou que só estavam 9 jogadores em campo, deu um grande silvo e parou a partida.
Procurou saber porque apenas 9 jogadores? Foi aí que o capitão do time lhe disse: Se importe não seu juiz, é que o pai de dois dos nossos jogadores é muito valente e se os vi jogando a chibata canta. Então, quando ele aparece no campo os filhos se escondem por trás daquela moita de jurema.
O velho vai já embora e eles retornam.
Certa feita eu disse para o Francinilson Martins que o varzealegrense era um eterno devedor do trabalho de Azarias Martins. Das alegrias da meninada da época. Nunca se viu tanta gente num campo para ver um jogo de meninos.
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