Empresário condenado a 37 anos de cadeia negocia acordo de delação premiada: vejam por que Lula, Okamotto e Palocci estão tomando ansiolíticos
Há muita gente que tira o sono do governo, dos petistas como um todo e de Lula em particular.
Um deles retorna do passado. Trata-se do empresário Marcos Valério, que foi apontado como operador do mensalão e que amarga uma condenação de 37 anos, a mais dura pena pelo escândalo, o que, convenham, é uma piada. Os agentes políticos daquela tramoia estão soltos. José Dirceu voltou à cadeia, sim, mas por causa do petrolão.
Pois é… VEJA já havia informado que Valério estava propenso a fazer um acordo de delação premiada. Agora, Marcelo Leonardo, seu advogado, confirma a possibilidade e diz que já está negociando os termos. Afirmou ele ao Globo: “Estive em Curitiba para tratar de outros casos, e os procuradores perguntaram se o Marcos Valério teria interesse em colaborar.
Fui encontrá-lo em Belo Horizonte, e ele disse que está disposto, desde que o Ministério Público faça um acordo com todos os benefícios que a lei da delação permite. Eu e os procuradores ficamos de voltar a nos encontrar talvez já na próxima semana”.
A Lei 12.850, que trata da formação da organização criminosa e que define as condições do que lá é chamado de “colaboração premiada”, estabelece, no Parágrafo 5º do Artigo 4º: “Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime, ainda que ausentes os requisitos objetivos”.
Convenham: para quem amarga 37 anos, trata-se de um benefício considerável — desde, é evidente, que a colaboração traga elementos novos, que elucidem o crime cometido e contribuam para a investigação.
Valério já tentou antes um acordo com o Ministério Público. Por alguma razão, a coisa não prosperou.
Leiam, abaixo, uma síntese do que ele afirmou ao MP em depoimento dado em dezembro de 2012:
1 – O esquema do mensalão pagou as despesas pessoais de Lula em 2003.
2 – dinheiro foi depositado na conta de seu carregador de malas, Freud Godoy.
3 – Lula participou pessoalmente das operações de “empréstimos” fraudulentos dos bancos Rural e BMG ao PT;
4 – os “empréstimos foram acertados dentro do Palácio do Planalto.
5 – Valério diz que é o PT quem paga seus advogados R$ 4 milhões.
6 – Paulo Okamotto, que hoje preside o Instituto Lula, o ameaçou pessoalmente de morte.
7 – Lula e Palocci negociaram com o então presidente da Portugal Telecom a transferência de recursos ilegais para o PT;
8 – Luiz Marinho, agora prefeito de São Bernardo, foi quem negociou as facilidades para o BMG nos empréstimos consignados.
9 – o dinheiro que pagou chantagistas que ameaçavam envolver Lula no assassinato de Celso Daniel foi intermediado pelo pecuarista José Carlos Bumlai.
10 – o senador Humberto Costa (PT-PE) também recebeu dinheiro do esquema.
Hoje já se sabe que José Carlos Bumlai foi uma espécie de laranja de um empréstimo do Banco Schahin para o PT e que o dinheiro teria sido usado para pagar pessoas que ameaçavam envolver Lula e Gilberto Carvalho no assassinato do prefeito de Santo André.
Agora preso, Bumlai admite, sim, a condição de laranja. E o dinheiro foi mesmo para aquela cidade.
PT, Lula e a cambada. Nenhuma atitude digna, nada virtuoso. Só crime.
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