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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Friboi é investigada por recebimento de R$ 8 bilhões do governo Lula.

Polícia Federal descobre esquema bilionário que pode ter repassado para a Friboi R$ 8 bilhões sem a exigência de garantias e com o aval do ministro Antonio Palocci durante o governo Lula.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta (12) a Operação Bullish, que investiga possíveis fraudes e irregularidades com o dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A Folha apurou que se trata da JBS (dona da marca Friboi), uma das maiores processadoras de proteína animal do mundo. “Os repasses, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de R$ 8,1 bilhões”, afirma a Polícia Federal. O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho também é um dos alvos da operação e há um mandado de busca e apreensão na casa dele.

As investigações apontaram que os desembolsos dos recursos públicos tiveram tramitação em tempo recorde após a empresa contratar a empresa Projeto, consultoria do ex-­ministro Antônio Palocci, que está preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato.

Dados obtidos em 2015 pela Folha, indicam que a JBS foi o quarto maior cliente da consultoria de Palocci até 2010, com pagamentos de R$ 2,285 milhões no total. Palocci, que foi ministro dos governos Lula e Dilma, quer negociar acordo de delação premiada e tem o BNDES como um dos temas que pretende explorar.

A PF relata também que esses repasses foram executados sem a exigência de garantias e geraram um prejuízo de cerca de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

Em 2015, o Tribunal de Contas da União já havia encontrado alguns indícios de que o suporte que o BNDES dava à JBS podia ter lesado o banco estatal em pelo menos R$ 847,7 milhões.

Entre 2006 e 2014, a JBS recebeu R$ 8,1 bilhões para comprar companhias no exterior e se tornar uma gigante no setor de carnes. Em troca, o banco se tornou sócio da empresa.

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