É vasta a lista de jogadores com carreiras vitoriosas que não conseguiram emplacar na função de treinador.
Há, inclusive, uma vertente defensora da tese segundo a qual, para ser bom técnico, o profissional precisa da experiência como jogador.
Achamos que não é assim que a banda toca.
Alguns ex-jogadores deram certo como bons treinadores e outros fracassaram, assim como tem histórias de teóricos que fizeram sucesso e outros nem tanto.
Considero a arte de comandar pessoas uma coisa muito complexa.
Agora, é comum se esperar do grande jogador o mesmo êxito como técnico, como se tratasse de uma mera extensão de atividade.
Ocorre-me o nome de Rogério Ceni nessa questão, levando em conta uma hipotética situação.
Seria o ex-goleiro do São Paulo um treinador mais fadado a dirigir jogadores medianos e obedientes, do que lidar com jogadores mais cascudos e com egos inflados?
No São Paulo, por exemplo, com toda moral de ídolo, não esquentou a cadeira.
Já no Fortaleza, fez o time ganhar uma nova dimensão ao jogar de forma solidária por ele e pela torcida, com total domínio da cena.
A sua chegada ao Cruzeiro é marcada por um tremendo imbróglio, com o elenco formado por jogadores a quem enfrentou como goleiro do São Paulo, se colocando contra ele.
O que teria havido em tão pouco tempo, se o céu que o protegia em Fortaleza é o mesmo de Belo Horizonte ?
Tenho tempo suficiente para aguardar a resposta.
Quando se tem um bom elenco qualquer pessoas pode se destacar como treinador. Quando não tem equipe não há salvador da pátria.
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