Foto - Pedro Felício Cavalcante.
Quando o Coronel Adauto Bezerra assumiu o governo do Ceará em 1976, não ficou pregando aos quatro cantos as dívidas herdadas. Se os administradores que entregam o poder, sempre deixam, o Estado devendo, roubando ou não! Aqueles que os sucedem ficam só falando em pagar dividas, passam os quatro anos e não fazem nada.
Apesar das diferenças políticas, mas reconhecendo a respeitabilidade de um adversário político, o Cel Adauto solicitou o comparecimento do Sr. Pedro Felício, prefeito eleito do Crato a Fortaleza para uma audiência.
Á época eu trabalhava no gabinete do governador e quando o Sr. Pedro Felício chegou logo me reconheceu, pois eu morei grande parte da minha vida adolescência na casa de tio Vicente Bezerra, que foi a vida toda funcionário do Banco do político, o Caixeiral do Crato.
Acompanhei o Sr. Pedro até o governador, o assunto eu já sabia! O governador como político experiente já sabia das dificuldades que os novos gestores dos municípios iriam encontrar, então mandou o Banco do Estado do Ceará, criar uma linha de credito a juros módicos e pagável em dez anos.
Quando o Sr. Pedro Felício saiu da audiência, eu perguntei:
E aí Sr. Pedro, deu tudo certo?
E ele:
Com o Adauto sim, mas com o Banco não! Eu não vou fazer dividas para os outros pagarem.
Aí está um exemplo de indole pura e honesta. De carater e responsabilidade.
ResponderExcluirDiferentemente de hoje em dia, que existem camaras de vereadores, tribunais de contas dos municipios e união, e os caboclos metem a mão até o limite. Endividam até extrapolar a capacidade do municipio. Pra se ter uma ideia hoje para cada obra executado por um municipio existe uma conta bancaria. Para facilitar os fiscalizadores e mesmo assim os caboclos sacam os recursos antes mesmo da obra ser iniciada. Depois só se ver a confusão e em nada dar, fica por isso mesmo.
O Brasil está a precisar de uma nova geração de homens como o prof. Pedro Felicio.
Prezado amigo Morais,
ResponderExcluirÉ uma pena que hoje em dia exemplo como o de Pedro Felício sejam cada vez mais raros, o que em grande parte é culpa do povo que prefere gestores que fazem demagogia com o dinheiro público. Senti-me muito honrado em ver que esta postagem foi dedicada a minha pessoa. Muito obrigado. Abraço.
OH COISA DIFICIL MORAIS. PENSE NUM ANIMAL EM EXTREMO ESTADO DE EXTINÇÃO.
ResponderExcluirSó uma pequena correção. O coronel Adauto Bezerra não assumiu o Governo do Ceará em 1976, mas em março de 1975, sucedendo ao também coronel César Cals de Oliveira Filho. À época eu era repórter/redator da Rádio Araripe do Crato e integrava a equipe comandada pelo saudoso Elói Teles de Morais. Abraços, Chico José, diretor da Rádio Correio FM 98.1, de Campina Grande - Paraíba
ResponderExcluirCorrigindo: onde está escrito diretor, leia-se direto da Rádio Correio FM 98.1., de Campina Grande - Paraíba
ResponderExcluirA propósito do professor Pedro Felício, conhecido por sua lisura no trato dos recursos públicos (coisa rara nos dias de hoje), para ilustrar, relato um fato ocorrido em Campina Grande. Em 1968, antes de entregar o cargo de prefeito ao sucessor, o professor e advogado Williams de Souza Arruda, mandou publicar no Diário da Borborema, um edital. Neste edital, ele convocava todas as pessoas físicas e jurídicas que tinham créditos a receber, a comparecerem à Prefeitura. Pergunta-se: qual o político que tem essa conduta, nos dias atuais? Pode até existir. Mas são casos raros. São exceções, quando deveria ser a regra.
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