O Palácio do Planalto anunciou hoje que o ministro da Pesca, Luiz Sérgio de Oliveira (PT-RJ), vai deixar o cargo nesta 6ª feira, dia 2, e será substituído pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). O PRB é o partido que agrega parte da bancada evangélica no Congresso e Marcelo Crivella é ligado ao “bispo” Edir Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus.
Na coluna de Cláudio Humberto desta 5ª feira, a notícia foi dada assim: “Dilma finalmente conseguiu se livrar de Luiz Sérgio, demitindo-o da Secretaria de Aquicultura e Pesca por sua mais absoluta incapacidade. A troca do mosca-morta Luiz Sérgio pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) no ministério da Pesca, chegou ao topo do Twitter com as inevitáveis gozações: “é para a multiplicação dos peixes”.
A verdade nos bastidores, por Paulo Veras
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Crivella assume em nome do PRB, mas como representante de um outro grupo (não necessariamente partidário da legenda). Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella foi escolhido para assumir o ministério como forma de conciliar o governo Dilma com a bancada evangélica. Entre diversas acusações contra o senador, duas envolvem a organização religiosa. Ele é acusado de se utilizar da estrutura da Igreja para viabilizar suas campanhas eleitorais, o que é crime no Brasil. O senador também é considerado “laranja” da Igreja, registrando propriedades da mesma em seu nome. Ele é o suposto dono de duas emissoras de televisão retransmissoras da TV Record (de propriedade do bispo Edir Macedo), mas elas foram omitidas de sua declaração de renda a Justiça Eleitoral.
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Luiz Sérgio deixa o governo pela porta dos fundos. No alvorecer da era Dilma, ele subiu a rampa do Planalto com pompas; era, então, ministro das Relações Institucionais. Significa que passavam pelas mãos dele todas as negociações entre o executivo e o Congresso. Seu cacife foi minado aos poucos. Primeiro porque, no primeiro momento do governo quem tomava as rédeas da discussão com a base aliada era o então ministro da Casa Civil Antônio Palocci, segundo que sobrava para Luiz Sérgio comunicar os não-atendimentos de um governo pressionado por um corte bilionário no Orçamento. Sem cacife, ele foi acomodado no pequeno Ministério da Pesca porque tirá-lo do governo era expor a fragilidade ministerial de uma presidente que perdeu assessores aos rodos.
E que venha o próximo(a) desde que com vontade, capacidade e sem vontade de se enrolar nesses tipinhos que os conduz,... Armando pelo que já o conheço não li o seu texto, apenas me atrevi a comentá-lo. Quem sabe depois...
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