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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

OS DESARRUMADOS - Por Antonio Morais



Luiz Bitu, Pedro Morais, Jesus Siqueira de Morais, Anacleto Bezerra e  Cicero Almino.

Eu sou desse tempo. Fazia parte  desse grupo de amigos.  Dois deles são meus irmãos.  Não sei porque razão não estou na foto. A foto é do Creva, se fosse do Sanharol eu estava com certeza. 

As fotografias lembram os causos, e está a lembrar um bastante engraçado.  Eu e o Pedro éramos os filhos mais velhos  do casal José André e Tonha do Sanharol. Em termos de romances a conta foi mal dividida.  Eu não namorei nada, Pedro namorou pelos dois. O homem tinha namorada em Juazeiro, Crato e Várzea-Alegre. 

No carnaval desta foto, 1981,  ele teve uma quebra de asa para uma graciosa e distinta jovem, de família de marca, com grande prestigio econômico e politico. No outro dia só se ouvia o zum zum zum  no Sanharol. Como é que pode?  Num tá vendo que isso não dar certo?  Ele não se enxerga não? Vai chorar godê!

Manuel de Teté que nunca ia em nossa casa, nesse dia foi. Em lá chegando disse para minha mãe: Tonha você acha que pode dar certo um filho de José de Pedro André namorar com uma filha do Coronel Fulano de Tal?  Minha mãe estava calada e calada ficou. 

Esperou Manuel ir embora, entrou no quarto e fez como Dona Santana, a mãe do Luiz Gonzaga. Balançou o punha da rede que o Pedro quase cai fora, e, disse-lhe: Acho bom você vai pensar duas vezes ou vai deixar  essa humilhação continuar? 

Pedro não pensou nenhuma vez, à noite estava com outra debaixo do braço.

A musica do Pedro naquele carnaval  - "Preta pretinha" - Morais Moreira , Elba Ramalho e Toquinho.



6 comentários:

  1. O tempo passa, se esvai, as coisas mudam, e, muitas vezes nem percebemos. O tecido desses cutangos que usávamos, foi comprado nas Casas Pernambucanas em Crato.

    Os nossos sonhos eram bem outros da realidade de hoje. O risonho Pedro e o brincalhão Cicero Almino, Deus levou antes do tempo, para completar o Bloco do Céu, nós, estamos contando a historia e sentindo a saudade.

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  2. Esse de chapéu no centro, não seria Demontier Batista?

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  3. O de chapéu é Jesus Siqueira de Morais, da Barra Verde em Aiuaba residente em Crato a época. A identificação informada está correta.

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  4. Morais, a foto original está comigo e não entendi porque você cortou, deixando de fora o meu marido, que estava tão lindo na foto (rs), parecendo mais um Elvis Presley. Se ele ver isto, vai achar que você não o reconheceu. Será?
    Grande abraço!

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