O equilíbrio emocional de um time, ou jogador, é tão importante quanto as qualidades técnicas individuais.
Em uma de suas gostosas e poéticas crônicas, Nelson Rodrigues afirmou que certos resultados têm a capacidade de produzir dois derrotados: o que perdeu e, pasmem, o que venceu.
Esse comentarista, ao longo de 50 anos de caminhada, já acompanhou, por várias vezes, essa situação.
Explico.
Se numa decisão, quem ganhou a primeira ostentar um “rei na barriga”, tripudiando sobre o perdedor, pode pagar caro pela humilhação imposta.
Por outro lado, o derrotado pode tirar do resultado negativo lições importantes e decisivas para uma recuperação.
Na vida, também é assim: não existem vitórias para sempre e tampouco derrotas pelo resto da vida.
No Fortaleza, Rogério Ceni, logo após o clássico de domingo passado, demonstrando uma satisfação contida pela vitória, deu inicio à tarefa de conscientização dos seus comandados para evitar a soberba e o salto alto, apesar das vantagens oferecidas pelo regulamento.
No Ceará, vejam só, quem usou as palavras mais adequadas a um derrotado foi o zagueiro Tiago Alves: “silêncio e trabalho”.
Esse clássico de domingo não será jogo para os fracos.
O futebol é interessante. Cada partida tem uma história. São os pequenos detalhes que determinam o resultado.
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