Quando descobriram que em torno do futebol girava muito dinheiro, observou-se uma espécie de corrida do ouro.
A posição de treinador passou a ser ambicionada até por quem não era do ramo.
Não falamos nem de auxiliares técnicos ou preparadores físicos.
Até burocratas invadiram a área em busca de um pé de meia mais rápido.
Ultimamente, esse cobiçado cargo tem criado sérios problemas de saúde para os seus ocupantes.
Telê, Ricardo Gomes e Muricy foram interditados pelo massacrante regime de pressão sobre os orientadores.
Recentemente, o treinador Cuca andou balançando e teve de se submeter a uma cirurgia.
Aguarda uma situação de saúde mais segura para assumir o São Paulo.
Abel, à frente do Flamengo, sentiu-se mal durante um jogo e acompanhou uma decisão de taça da cama do hospital.
Isso para falar dos mais famosos.
Para fazer jus aos milionários salários, os treinadores trabalham no limite físico e mental.
Fazem isso como se não pudessem morrer.
E está provado que o futebol pode matar.
Como por aqui o que importa é bola rolando, o assunto chega a ser irrelevante.
E para “fechar a marcação” nessa croniqueta, mais um dado sobre o descaso com a saúde no futebol: mais de 20% dos jogadores sofrem de depressão.
O negócio anda meio errado. Jogo com portões fechados, com torcedor de um time só ou sem nenhum. Futebol sempre foi um espetáculo para o torcedor. Mas, a cronica trata do profissional técnico e, não é nada fácil. Se vence o mérito é dos jogadores, se perde a culpa é do treinador.
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