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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 11 de abril de 2019

455 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


No final da década de 60, a turma do quarto ano do Ginásio São Raimundo, aqui e acolá, fazia uma tertúlia nas dependências do Ginásio. O Som - uma pequena radiola de pilhas com o auto falante na tampa, emprestada por alguém. Os discos - do Renato, Jerry, Wanderlei e Roberto Carlos surgiam de todo lado. O Publico restrito - só os colegas de classe. A sala - a dos fundo do Colégio para não perturbar o sono do casal vizinho Chico Mundeiro e dona Geni.

Nós tínhamos uma colega, danada de bonitinha, dos olhos ligeiros, olhava ao mesmo tempo com os dois, um prum lado e o outro para outro. Dava corda a todos os colegas. Pra ninguém tomar chegada andava sempre encangada com outra amiga. Assim se passaram os quatro anos do curso ginasial e ninguém se astreveu em falar namoro pra ela - exceto um colega, meio lesado, que não revelo o nome nem sob tortura.

Numa destas tertúlias, o bonitão, cismou de falar namoro pra ela. Nós demos mais um pouco de corda para ver o tamanho da mala. O amigo foi ao Bar do Nego de Aninha, tomou umas quatro lapadas de uma aguardente produzida no "Alambique Industrial"  do  senhor João Leandro Correia na Fazenda Boqueirão, em Crato, e, retornando ao local se achegou da colega mais afoito do que Zeca Dirceu diante do Paulo Guedes.

O que cana não é capaz de fazer. Tomou chegada e lascou: Eu vir saber se você quer namorar comigo porque Morais e Bosco Teixeira mandaram. Ela respondeu: volte e diga pra eles que eu não quero.

Nunca vi cantada mais desastrada. O colega ficou desnorteado, morava prus lado do Coité e partiu na direção do Chico. Foi desairar no "Toco da Aroeira" com  medo das almas e dos gritos de Luíza Alexandre.
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Vale muito ouvir a música. Lembra os carroceis da foto e nenhuma  outra  fez  o público cantar  igual em tempo algum.




4 comentários:

  1. A Musica é muito antiga. O Show é atual, a plateia é jovem, e, como se observa todo publico canta junto a apresentação do conjunto. Está provado. O que tem qualidade se eternisa.

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  2. Eita, Blog do Sanharol, tu é mermo é do assanharol...Tu assanha tudo. Os dois Antonio: Moraes e Almeida são gente finíssima. Lembro dos dois muito bem e sei que devem ter aprontado poucas e boas por aí. Adoro Jerry Adriani, ainda curto até hoje. Tenho um radiola daquelas para que meus filhos tivessem o conhecimento dos sons daquela época. E acho que sei, mas não se preocupe, não direi...Quem é ... dos olhos tortos!

    Um abraço pro cês!

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  3. Oxente, menino, tu foi remexer nas lembranças mais distantes com essa música!!!

    A história podia ser de qualquer pessoa, pois conheço um caso bem parecido.... (risos).

    Mesmo assim valeu!

    Abraço,

    Claude

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  4. Menino,que cantanda mais demantelada foi essa?? kkkkkkkkkkk Isso era bem tu que roía por a moça dos "ói" ligeiro e com medo de levar uma mala mandou o colega ....kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Bons tempos, heim Morais !!!!

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