Na década de 70 do seculo passado, João de Pedrinho do Sanharol tinha dois filhos em São Bernardo do Campo: Vicente e Chagas. Tia Ana preparou uma caixa com uns lanches e despachou na Viação Varzealegrense onde Benedito de Antônio Leandro do Sanharol era o encarregado pelo almoxarifado. Benedito era filho de Carmelita, irmã de Ana, portanto primo do Vicente e do Chagas.
Dentro da caixa tinha um tijolo de leite, um queijo de manteiga e uma carta. Deu um farnezinho danado no Benedito que não se contendo abriu a caixa tirou o tijolo de leite e comeu. Como entregar a caixa faltando parte das encomendas? Mais pratico seria a caixa sumir completa. Então comeu o queijo também. Restava apenas a carta. Resolveu lê-la e, para surpresa sua estava escrito:
Meus filhos, Deus lhes abençoe, proteja e guarde. Olhem, tenha muito cuidado, tudo que acontece aí, no outro dia, todo mundo está sabendo aqui no Sanharol e, quem espalha as conversas é Carmelita minha irmã.
Benedito sentiu-se aliviado.
Carmelita de Antonio Leandro sempre foi trabalhadora. Para ajudar no sustendo da familia comprava leite do Chico para o Serrote, Sanharol para Boa Vista e diariamente fazia um queijo de manteiga bem caprichado. Pra isso já tinha os sete clientes na cidade: Quinco Honorio, Jairo Diniz, Padre Otavio, Dr. Lemos, Jose Teixeira, Luiz Proto, e Dr. Colares.
ResponderExcluirCerta feita Manuel Leandro foi entregar os queijos e Dr. Lemos havia viajado. Manuel saiu oferecendo o queijo de casa em casa.
Numa das casas a mulher se interessou, mas pediu informações: Disse este queijo é bom, puro? Manuel respondeu que sim! É saboroso, é gostoso? Manuel respondeu: Dona, essa informação eu não posso dar porque desse queijo a unica coisa que eu como é do soro e tres dias depois quando tiram a nata! Já azedo.