Enquanto Dona Antônia conversava com a comadre Damiana sobre a vida, das obrigações e afazeres e atribuições da mulher no lar, José André ouvia em silencio, preparava uma lenha para guardar da chuva que já se via aparecendo na Serra Negra.
Dizia minha mãe para a amiga. Comadre a nossa vida exige muito, a loita é permanente, não tem fim, nunca terminamos os trabalhos. Cedinho preparar o café, em seguida já se preocupa com o almoço, a tarde jantar, nos intervalos, lavar e passar roupa, ensinar tarefa dos meninos, não se tem sossego, não se para um só momento. Tudo para mulher é mais difícil e os trabalhos nunca se esgotam.
É verdade, nós carregamos uma carga muito pesada, até a natureza nos persegue: comadre, já pensou o tamanho da dor do parto, a maior que há, pois somos nós que a sentimos, disse a Damiana.
Nesse momento José André soltou o machado no chão, coçou a cabeça e entrou na conversa: Vocês deixem de besteira que vocês não sabem é de nada: Vocês sabem lá o que é doer! Vocês já machucaram um ovo no cabeçote de uma cangalha? Não? Pois vocês não sabem é de nada.
As duas terminaram a conversa na duvida, na verdade não se deve emitir parecer do que não se tem conhecimento de causa.
Concordo plenamente que a luta de uma dona de casa é infinita, duradoura e também constrangedora, principalmente no nosso meio quando a média por família variava entre sete a oito membros. Agora a interferência de José André no que refere as dores, realmente fica difícil compará-los, pois se trata de sexo opostos, mas se o cidadão for fraco a graxa desse pelo mocotó.
ResponderExcluirAquelas senhoras também nã sabiam o que acontece com os homens quando vão pedalando em pé numa bicicleta e a corrente cai.
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