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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Denúncia contra Temer é guerra política, diz analista - Estadão.

Após o Superior Tribunal Federal (STF) protocolar, na quinta-feira passada, a denúncia por corrupção passiva feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, seus aliados no Congresso Nacional começaram uma batalha política que hoje seria vencida pelo Palácio do Planalto. Pelo menos é essa a avaliação da consultoria Arko Advice e do Departamento Intersindical de Análise Parlamentar (Diap), organizações especializadas em avaliar o comportamento do Congresso.

Pela contabilidade alcançada pelas entidades, o peemedebista tem os 172 votos necessários para impedir que a Casa aprove a admissibilidade da investigação do Supremo no plenário, apesar da agenda negativa envolvendo o governo. As previsões divergem, porém, no caso de a votação ser prorrogada e entrar no segundo semestre. O sociólogo Murilo Aragão, da Arko Advice, disse acreditar que a denúncia da PGR não vai prosperar na Câmara dos Deputados sem fatos novos.

“A denúncia é vista [no Congresso] mais como um documento político do que jurídico. Ela é tratada pelos deputados como uma guerra aberta ao campo político. Seria portanto uma carta branca para delação virar prova sem prova”, disse Aragão.

A aposta da oposição de que a pressão dos eleitores na base pode virar o placar contra Temer é questionada por Aragão. “Dois terços dos deputados são carregados pelo quociente eleitoral. A maioria não é patrulhada pelas redes sociais como os parlamentares dos grandes centros eleitos por voto de opinião. Temer tem uma desaprovação desmobilizada”, disse o sociólogo.

Pela regra em vigor, os candidatos mais votados preenchem as cadeiras recebidas pelos partidos ou coligações com os “restos” de seus votos.

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