O domingo amanheceu com um sol convidativo a curtir o dia, portanto
propício a algumas reflexões. 16 de julho é o dia consagrado a Nossa
Senhora do Carmo. Desde a juventude recebi das mãos de um sacerdote o
Escapulário do Carmo. E o conservo no pescoço há 49 anos.
Mas o
que queria mesmo era externar algumas reflexões, oriundas da enxurrada
de mensagens recebidas no Whats App, desde que Lula foi condenado – pelo
juiz Sérgio Moro – a nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Petistas raivosos postam mensagens afirmando que
Lula foi condenado sem provas. Também o goleiro Bruno foi condenado sem
provas, pois o cadáver de Elisa Samudio jamais apareceu. E nunca vi cena
de solidariedade ao goleiro condenado sem prova.
O que restou
para a esquerda brasileira foi improvisar uma solenidade de apoio ao
ex-presidente. A atmosfera do ambiente mais parecia um velório. Basta
olhar a expressão dos olhos melosos do deputado José Nobre Guimarães.
Aliás, a condenação de Lula, por Sérgio Moro, deixou uma grande lição
para esta república caótica. Ninguém está mais acima da lei mesmo com o
Brasil em frangalhos. Acabou o tempo em que os poderosos não enfrentavam
a Justiça. Restou a Lula apenas fingir que é vítima, encenando uma
comédia de perseguido político que não vai levar a nada. Lula não é mais
aquele líder que a maioria dos brasileiros achava que ele era. “Deu
xabu”, como se dizia antigamente.
Alegam os seguidores de Lula –
ainda no Whats App – que a troca de parlamentares na Comissão de
Constituição e Justiça–CCJ, da Câmara Federal, para rejeitar a abertura
de processo contra o Presidente da República é uma manobra ilegal. Não
tenho simpatias por Michel Temer, mas – infelizmente ou felizmente – não
há nenhuma ilegalidade nisso, como definiu amplamente o Supremo
Tribunal Federal em recursos feitos nos governos Lula/Dilma.
Também não entendo porque atacam tanto Michel Temer se ele é oriundo da
chapa que elegeu Dilma Rousseff, em duas eleições. Ora, quem votou em
Dilma automaticamente votou em Temer. Tinha até a foto dele na urna
eletrônica quando a opção era votar em Dilma. Eu, por exemplo, nunca
votei em Temer porque nunca votei em Dilma. Como bem afirmou um leitor
de um jornal de São Paulo: “Os esquerdistas que hoje apedrejam Temer
sãos os que, usando as mesmas pedras, ajudaram a pavimentar o descaminho
dos 13 anos da roubalheira petista”.
No mais, os episódios da
semana apenas ratificam uma verdade que a maioria finge não ver: a
República Federativa do Brasil chegou ao fundo do poço.
(*) Armando Lopes Rafael, historiador.
Esses canalhas capazes de fazer da cueca cofre o que se esperar deles.
ResponderExcluir