O ex-presidente da Câmara Paes de Andrade e seu genro, o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) (Marcelo Camargo/ANA ARAUJO/Agência Brasil)
Senador cearense ocupa o cargo interinamente, como seu sogro, Paes de
Andrade (PMDB-CE), que em 1989 transferiu a capital do país para sua
cidade natal
O dia era 25 de fevereiro de 1989. O presidente da Câmara, Paes de Andrade (PMDB-CE), assume a Presidência da República numa das inúmeras vezes em que o titular do Palácio do Planalto, José Sarney, deixara o cargo em viagem – foram 11 interinidades do cearense.
Mas naquele dia, primeira vez que assumiu o posto, Andrade protagonizou um dos episódios mais folclóricos da política nacional: encheu um avião da Presidência com 66 pessoas, entre ministros, assessores e políticos, e rumou para Mombaça, cidade de 40 mil habitantes a 300 km de Fortaleza, onde nasceu.
Lá foi recebido como o filho vitorioso que retorna à terra natal ocupando o mais alto cargo da República. Para marcar sua visita, Andrade instalou na cidade o Centro Administrativo Federal, de onde passou a despachar as coisas de governo, transformando a pequena cidade cearense na capital provisória do país. Ficou conhecido como o “presidente de Mombaça”.
Vinte e oito anos depois, outro cearense assume a presidência da República: Eunício Oliveira (PMDB-CE), que, por coincidência, é genro de Paes de Andrade – é casado com Mônica Paes de Andrade. Ele assume o cargo, já que Michel Temer (PMDB) viajou para participar do G-20 em Hamburgo, na Alemanha, e seu sucessor imediato, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi para a Argentina.
Eunício comanda o país até sábado. Não consta que ele queira levar o poder central para Lavras da Mangabeira (CE), cidade de 31 mil habitantes onde nasceu.
O principe de Lavras da Mangabeira herdeiro do imperador de Monbaça.
ResponderExcluirO tempora! o mores!
ResponderExcluir(Significado de o tempora! o mores!: Ó tempos! Ó costumes! Exclamação de Cícero, contra a depravação de seus contemporâneos).