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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

GEOPOLÍTICA DO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra.

Quando o treinador da seleção italiana de 1994 Arrigo Sacchi afirmou ser o futebol a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes, trataram logo de julgar a frase fascinante.

Por aqui é assim. Desde que o arauto seja estrangeiro.

Sempre torci o nariz para essa sentença por achar que o futebol é muito importante e ponto final.

Ora, o futebol é a instituição mais autenticamente mundial existente.

É o único esporte praticado em todos os lugares.

Interessante o olhar do crítico e diplomata francês Pierre Brochand.

Segundo ele, o mapa geopolítico do futebol inverte em boa parte a ordem das potências econômicas.

Estados Unidos e Ásia são “minipotências” periféricas.

Europa e América do Sul são “as superpotências consagradas”.

A África, graças ao futebol e só nele, uma potência emergente inserida simbolicamente “no jogo mundial do poder e da influência”.

A Copa da Rússia está chegando e com ela a oportunidade de países minúsculos se ombrearem às grandes potências.

Como um pobre país africano, como Gana, é capaz de desbancar os Estados Unidos, a maior potência política e financeira do mundo, como ocorreu em 2006?

O futebol proporciona isso e o efeito é fantástico.

Essa é uma das razões do esporte mais popular do mundo não figurar em escala de coisas sem importância.

Na minha opinião.

Um comentário:

  1. Importante que assim seja. Comparando a geopolitica mundial com o Brasil, você imaginaria algum brasileiro levando o filho para escola tradicional? Claro que não. Diante do dinheiro que o futebol rende ao craque todas as mães estariam levando os seus guris para escola de futebol na esperança de fazer do filho um Neymar, um Gabriel de Jesus etc. Felizmente assim não é. O craque nasce não se inventa. Não é criado na forma.

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