Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 6 de janeiro de 2018

Lula da Silva, o suprassumo da incoerência – por Armando Lopes Rafael



    No dia 10 de dezembro de 2006, morreu o General Augusto Pinochet, ditador do Chile por dezessete anos. Naquela data, aqui no Brasil, o então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma declaração oficial sobre a morte de Pinochet na qual declarou que o governo do general chileno "foi uma longa noite, em que as luzes da democracia desapareceram, apagadas por golpes autoritários". 

   Naquela ocasião a seção de cartas dos leitores da Folha de S. Paulo, publicou breve comentário meu onde escrevi textualmente; “Louvo a coerência do presidente brasileiro. E tenho certeza de que outro ditador, o de Cuba, Fidel Castro, que está com um "pé na cova", quando morrer, receberá o mesmo tratamento do presidente Lula. Afinal, Castro, há mais de 48 anos comanda um governo genocida, que passará à história como a mais longa e sanguinária ditadura do continente americano."

    Ledo engano. Presente ao enterro do tirano cubano, Lula, declarou à imprensa estatal daquele país, exaltando de forma subserviente o líder comunista que transformou aquela nação numa “ilha-prisão”: "Estou triste porque se foi o maior homem do século 20. Quando soube da notícia, a maneira que encontrei de expressar meus pêsames foi escrever na parede 'Viva Fidel'", contou Lula, referindo-se a uma cena que divulgou nas redes sociais, em que aparece em frente à inscrição mencionada, em seu sítio, no estado de São Paulo.

    Dois pesos, duas medidas. Lula tão cioso em condenar a ditadura de Pinochet fez vista grossa para a violação dos direitos humanos no regime comunista de partido único de Cuba, que controla toda a comunicação social. Televisões, rádios e imprensa são propriedade do estado. Acesso à Internet só com autorização do governo. O e-mail não é utilizado porque, segundo afirmam, é controlado pelas autoridades oficiais.

   As estimativas variam, mas os números mais sensatos dizem que mais de 17.000 pessoas foram fuziladas por Fidel no “paredón”. Quase 7.000 morreram nos cárceres e masmorras cubanos durante a ditadura dos Castros. Quem pôde fugiu. Há mais de 2 (dois) milhões de exilados cubanos só na Flórida-EUA. Um em cada seis cubanos vive no exterior.  178.000 pessoas morreram em alto mar tentando fugir para os Estados Unidos. Os que permaneceram na ilha-cárcere sobrevivem com alimentos racionados. E não se fale nas “conquistas” na educação e saúde. A pequena e pobre Costa Rica desfruta uma posição melhor que a de Cuba no IDH, sem ter para isso abolido as eleições livres, fuzilado seus filhos, prendido opositores ou impedido seus cidadãos de viajar para o exterior.

Um comentário:

  1. Lula foi feito de encomenda. Só acredita no Lula os que ao longo do tempo se encantaram com suas mentiras e hipocrisias. Pra Lula só é democrático o que lhe favorece, esquece todas as maluquices de seus governos e só lembra o que por acaso tenha agradado. Lula é um impostor, um fora da lei. O pior é que serviu de escola : o Brasil está completo de outros Lulas, de bandidos.

    ResponderExcluir