Eu não disse?
Ano velho, ou novo, é só uma questão de folhinha do antigo calendário do coração de Jesus.
Estou falando é do Brasil, meu patrão.
O escriba aqui ficou só esperando o primeiro dia do ano começar para exercitar a arte de falar mal.
Como nos prazeres efêmeros, mal passa o efeito das festividades damos de cara com a vida real nos esperando com a boca cheia de dentes.
As mesmas caras a nos assustar: Quadrilha (Eliseu), Moreira (Angorá), Suruba (Jucá), Gilmar (laxante) e quejandos.
Um conselho: acredite nos apelidos.
Eles tem tudo a ver com quem os recebe.
Esse papo de país do futuro está no ar pelas potentes ondas hertzianas desde 1941.
Muito antes, Pero Vaz de Caminha, que pediu emprego para um parente na carta para a corte portuguesa descrevendo o Brasil, informou que na nova terra “em se plantando tudo dá”.
Com o tempo, fomos ficando um país sem futuro considerando nossas potenciais riquezas desperdiçadas.
Quanto à carta, o Caminha em questão quis dizer mesmo foi: “em se corrompendo tudo dá”.
Tanto é verdade que o brasilzão é faixa preta em corrupção.
Rimou, não por acaso.
Pior de tudo nesse cenário é a população se amoldar ao estilo safado de quem manda.
Olha-se para as pesquisas e chega-se facilmente a essa conclusão.
Desfilam os habituais nomes, quase todos esculpidos em lama podre.
Nelson Rodrigues, sempre ele, afirmou que o homem é o único animal que se falsifica.
Se faz de morto, honesto, religioso, bêbado, competente, valente e frouxo, dependendo da exigência do freguês (ou eleitor) no momento.
Nos enganem, nós gostamos.
Ignorância especializada é com a gente mesmo.
“É nós”.
As eleições de Outubro próximo seriam a solução se não houvesse o corrupto predileto. Seremos iludidos, até lá, com o carnaval, com a copa do mundo, e, por fim, veremos cada brasileiro votando e elegendo o seu bandido predileto. Porque como o amigo escreve no seu belo texto a população se amolda ao estilo safado de quem manda. Parabens pelo belo texto.
ResponderExcluirÉ uma realizade cruel. Nos sentimos perdidos. E ainda tem esta história de otimismo sem razão.
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