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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Moro não vai de Curitiba para Brasília a passeio - Por Josias de Souza.


Na sua primeira entrevista coletiva depois de aceitar o convite para ocupar o ministério da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro deixou claro que não vai de Curitiba para Brasília a passeio. 

Deseja levar o “padrão Lava Jato” para dentro do Poder Executivo. Quer consolidar os avanços obtidos no combate à corrupção. Prepara um lote de projetos que submeterá ao Congresso Nacional.

A corrupção funciona mais ou menos como o futebol. O sujeito pode ser um craque da roubalheira. Mas não marca gol sozinho. Há toda uma estrutura por trás: o clube (ou o governo), o time em campo (ou o partido), o técnico (ou o presidente República)… Nos últimos anos, o que se viu foi todo mundo preparando a jogada para que o gol (ou o assalto) acontecesse.

O que Moro disse, com outras palavas é que, com a sua chegada à Esplanada, o clube, o time e o técnico deixarão de fazer gols contra a sociedade. 

Em vez de criar condições para o roubo, o governo fará uma barreira na frente do cofre. De duas, uma: ou o juiz da Lava Jato enverniza o governo de Jair Bolsonaro ou afunda a sua própria biografia. Diante da expectativa criada, não há meio-termo.

Um comentário:

  1. Sergio Moro foi promovido de Juiz a Ministro. Imaginar que a justiça vai anular um julgamento que a grande maioria dos brasileiros aplaude é ser muito idiota.

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