O amor chegou à minha vida quando eu era criança.
Em minha infância, o amor chegou à minha vida.
Os pássaros celebraram minha chegada em manjedoura.
Meus pais, inda invisíveis, gente pobre é invisível.
Mas, na volta das cadeiras, meus velhos deram a volta por cima.
Dignidade, caráter, determinação foram suas armas.
Fez família de poetas, escritores que brilham o chão em que pisam.
Na minha chegada a terra, não houve canções nem festa
Mas, houve muita alegria.
Filho de gente decente, trabalhando dia e noite, noite e dia,
Trabalhando amargamente pra criar seus rebentos.
Murmurando docemente, minha querida mãe afirmou...
Este sétimo filho já leva jeito de gente,
Basta olha o brilho do olhinho dele...
Relâmpagos e trovoadas rasgaram-se do céu.
Estrelas brilhavam, foi o meu maior presente.
Quem nasce em manjedouras, é similar a Jesus...
Tem propósito pra viver, mesmo sendo testado pra sobreviver.
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A Primavera enfim chegou depois de muitas secas e calor.
Foi assim, que natureza logo, logo me testou.
Superando pneumonia, inda com quarto anos...
Tratado como cavalo.
Não havia antibióticos. Mas, existiam “mezinhas” e rezas de minha mãe.
Mãezinha orava e rezava pra salvar o seu filhinho.
Foquei bom. Até promessa paguei.
Em traje de São Francisco, doze meses eu passei.
Hoje sou adulto e me orgulho da família em que nasci.
Descobri que não há riqueza maior do que educação.
Isto sim é riqueza.
Hoje sou poeta pra vida comemorar, e, comoro com poemas pra vida valorizar.
No campo cheio de flores com ramos cheios de folhas
Os rebanhos de animais não tiveram a mesma sorte.
Sem amor, sem carinho, sem educação somos todos animais.
Cada dia é uma moeda que Deus nos dá para comprarmos a sua gloria.
ResponderExcluirSanta Mônica.