O ESPETÁCULO DA VIDA
Duas pequenas histórias. Uma, aparentemente, nada tem a ver com a outra.
No município de Várzea Alegre, em tempos não tão remotos, a polarização política era fato corriqueiro e, como em outras cidades, a apuração dos votos era quase que previsível. Algumas urnas, mais ou menos idênticas. Outras, de diferenças mais marcantes. Duas se destacavam. A do sítio Boa Vista, sempre muito boa para uma das alas. A do Distrito de Naraniú, mais favorável ao outro grupo político.
Dr. Carlos César Costa, irmão de um dos líderes políticos locais, apesar de morar em outra localidade, sempre estava presente na sua cidade em época de eleição. Gostava tanto de participar dos embates eleitorais que, certa vez, chegou a ser preso. Vangloriava-se dizendo ter sido preso político. Coisa de Varzealegrense.
Esses dias, os seus amigos e familiares ficaram bastante apreensivos com a notícia de que o conceituado médico iria se submeter a uma delicada cirurgia para a realização de sucessivas biópsias de Pâncreas, as quais definiriam a certeza diagnóstica de sua enfermidade e, consequentemente, o seu destino.
O paciente, na sala de cirurgia, segundos antes da sua indução anestésica, protagoniza uma cena, que me fez lembrar Aristóteles, em sua Arte Poética, ao conceituar as diferenças entre tragédia e comédia na milenar dramaturgia grega.
O enfermo, após saber que o patologista daria o resultado das biópsias, ainda durante o ato operatório, e se sentido encurralado no campo escuro de uma provável tragédia, resolve trilhar no campo jocoso da comédia ao verbalizar para o seu sobrinho, médico oncologista, que o acompanhava naquele momento tão enigmático de sua vida.
- Então, Iran Júnior... Quer dizer que quando abrirem a urna da Boa Vista, eu ainda vou estar dormindo?!?!
Duas horas depois, o que era tragédia vira comédia. Para satisfação geral, o resultado das biópsias lhe fora satisfatório.
Boa sorte, Dr. César! Que Deus o proteja.
Duas pequenas histórias. Uma, aparentemente, nada tem a ver com a outra.
No município de Várzea Alegre, em tempos não tão remotos, a polarização política era fato corriqueiro e, como em outras cidades, a apuração dos votos era quase que previsível. Algumas urnas, mais ou menos idênticas. Outras, de diferenças mais marcantes. Duas se destacavam. A do sítio Boa Vista, sempre muito boa para uma das alas. A do Distrito de Naraniú, mais favorável ao outro grupo político.
Dr. Carlos César Costa, irmão de um dos líderes políticos locais, apesar de morar em outra localidade, sempre estava presente na sua cidade em época de eleição. Gostava tanto de participar dos embates eleitorais que, certa vez, chegou a ser preso. Vangloriava-se dizendo ter sido preso político. Coisa de Varzealegrense.
Esses dias, os seus amigos e familiares ficaram bastante apreensivos com a notícia de que o conceituado médico iria se submeter a uma delicada cirurgia para a realização de sucessivas biópsias de Pâncreas, as quais definiriam a certeza diagnóstica de sua enfermidade e, consequentemente, o seu destino.
O paciente, na sala de cirurgia, segundos antes da sua indução anestésica, protagoniza uma cena, que me fez lembrar Aristóteles, em sua Arte Poética, ao conceituar as diferenças entre tragédia e comédia na milenar dramaturgia grega.
O enfermo, após saber que o patologista daria o resultado das biópsias, ainda durante o ato operatório, e se sentido encurralado no campo escuro de uma provável tragédia, resolve trilhar no campo jocoso da comédia ao verbalizar para o seu sobrinho, médico oncologista, que o acompanhava naquele momento tão enigmático de sua vida.
- Então, Iran Júnior... Quer dizer que quando abrirem a urna da Boa Vista, eu ainda vou estar dormindo?!?!
Duas horas depois, o que era tragédia vira comédia. Para satisfação geral, o resultado das biópsias lhe fora satisfatório.
Boa sorte, Dr. César! Que Deus o proteja.
Amigos leitores,
ResponderExcluirO Dr. Carlos César Costa é um colega médico, que se recupera de uma delicada intervenção cirúrgica, em Recife PE, o qual nós o prezamos muito.
Um abraço.
Dr. Savio.
ResponderExcluirUma historia tras sempre uma segunda. Inicialmente desejamos ao Dr. Cesar uma breve recuperação. Agradecemos a Deus pela mão divina ao cobri-lo da graça de bons resultados.
Vamos a historia.
Urna da Boa Vista - 252 eleitores . Fiscais PSDB - Joaquim Inacio, fiscal do PMDB - Raimundim de Doca de Sousa.
Resultado:
Tasso Jereissati - PSDB - 248 votos.
Juracy Magalhães - PMDB - 2 votos.
Branco - um voto.
Nulo - um voto.
Joaquim Inacio riu do resultado e falou - Aí é que é liderança. E, Raimundim sapecou - aí é que é um povo égua.
Poeta Sávio.
ResponderExcluirNão há quem possa duvidar do seu conto. O Dr, César continua sendo aquele menino brincalhão que tocava na Charanga.
Que Deus acompanhe o tratamento dele.
Abraço.
Mundim,
Dr César um médico da cara dura e um coração sensivel com o sofrimento dos mais humildes. Sou testemunho.Oh! Deus olhai pra este que cuidou tanto dos enfermos carentes.
ResponderExcluir