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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tenho sede - Por José de Moraes Brito

Andante em viagem vespertina,
Cheia de sede, tonta de agonia,
Minh'alma em tua fonte se inclina,
Como na gruta, um crente em romaria.

Mas este jorro d'água cristalina,
Em que mi'a sede saciar ancia,
É uma miragem que ela imagina
É só uma fonte falsa, fugidia;

E nesta sede intensa que sustento,
Sinto que se desfaz meu doido intento
De ter o meu desejo saciado

E entendo que é melhor que seja assim
Pois, se tua fonte fosse dada a mim,
Sem duvida, morreria afogado.

2 comentários:

  1. Os poemas do Jose de Moraes Brito alem de agradáveis leituras trazem, no fundo, um pouco da historia de cada um. De cada leitor.

    Bom dia a todos.

    Antonio Morais

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  2. É Morais e essa historia de pedir um copo com água já foi muito usada sem se ter sede nenhuma somente para ver de perto quem gostávamos.
    me adr um copo dàgua eu tenho sede e essa sede pode me matar.

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