Não. Tenho que ir. Minha paciência é muito curta pra agüentar um trânsito tão lento quanto este aqui, da Capital. O para-anda-para sem fim, essa hora e meia perdida de minha casa até o centro da Cidade é uma hora e meia perdida que poderia muito bem ser aproveitada olhando o mar, passeando descalço na areia branca da praia, escutando um Maciel Melo ou um Xangai ou lendo alguma coisa que preste. Que fazer? Voltar pro interior e não sofrer tanto com o caos urbano? Mas, e a Praia, a areia, o sol se pondo onde acaba o mar? É, como tudo na vida, uma questão de escolha entre alternativas que se nos apresentam. O ideal seria um mar no Crato ou um Crato no Recife, com suas ruas desentulhadas de carros, com o poder ir e vir ao centro sem precisar parar a cada 5 metros e, enquanto isso, ingerir tudo que a poluição nos oferece, de graça. Sem a menor graça.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Obrigado Xico Bizerra por mais uma excelente cronica.
ResponderExcluirAbraços.
AS PEQUENAS CRONICAS DO XICO... DE GRANDE VALOR, NÃO SOMENTE LITERÁRIO; MAS TAMBÉM CHEGANDO A REALIDADE DO DIA -A-DIA.
ResponderExcluirO XICO QUERIA A FACA E O QUEIJO...