Quando chegou no inferno
Já tinha recepção
Tava um negro desdentado
Com um tridente na mão
E uma mulata banguela
Um cão com uma cadela
Um saci e um anão
João Grilo não se assustou
Pensou logo em brincadeira
Pinotou para o jardim
E agarrou a mangueira
Molhou a casa de fogo
Depois apagou o fogo
Que tinha numa caldeira
Depois foi na prefeitura
Agrediu o cão prefeito
Passou na vila da trama
Zangado do mesmo jeito
Subiu a rampa do lixo
Tinha um cão virando bicho
Ele castrou o sujeito
Tinha um cão violento
Que se chamava de Serra
Mandou chamar os demônios
Para fazerem a guerra
Disse: vamos matar o Xexéu
Porque aqui não é céu
E nem tão pouco a terra
Vão chamar P. C. Farias
Lampião e o cão Justino
Peçam a Sadan Hussein
Que traga o cão Jenuino
Passem ali na Febem
Tragam os pivetes também
Pra nós pegar o menino
Os cães se articulavam
Sem o cão chefe saber
João Grilo desconfiado
Foi ao cão chefe dizer
Meu chefe a sua gentalha
Vai fazer uma batalha
Pra lhe tomar o poder.
O cão chefe sem saber
Que era coisa de João
Disse: filho eu fico grato
Pela sua informação
Vou preparar a defesa
Usando o fator surpresa
E haja enterro de cão
Já tava morrendo cão
Que não dava pra contar
João Grilo ficou de fora
Vendo a poeira assentar
Quando o cão soube da trama
Deu um pinote da cama
E deu ordem pra parar
Depois que foi descoberto
Que foi João Grilo o mentor
O que era de demônio
Ficou fazendo terror
Até que uma mulher
Parenta de Lúcifer
não tolerou o horror.
Até a próxima - a ultima.
Na quarta e ultima postagem João Grilo é expulso do inferno e vai fundar um "inferninho particular" noutro lugar. Por sugestão do cão chefe.
ResponderExcluirMuito interessante os versos de João Grilo. Parabéns ao autor poeta Raimundinho, cidadão que muito tem contribuído para o sucesso do nosso blog do Sanharol. Um grande abraço extensivo a todos os familiares.
ResponderExcluirMundim, meu bixim danado: tu és o máximo. Adoro!
ResponderExcluirAbraço. Fatima.
Aguardo ansioso pelo desfecho da história. No ceará a gente diz Romance.
ResponderExcluirParabéns pela penúltima parte da historia.