Houve um tempo em Várzea Alegre, que a principal atração para as crianças e adolescentes, eram as corridas de cavalos no prado. Uma vez Chico Tida tava ajudando a sua mãe Darca, na lavagem da casa e de impacto puxou esse assunto: Ô mãe. Eu tava cum tanta vontade de ir oiá a currida de cavalo lá no prado dos Grossos. Hoje o cavalo Fiapo de Migué Ogusto, vai corrê contra o o cavalo preto de Seu Erotide.
- E porque num vai?
Cum qui rôpa eu vou?
- Vá com aquela que você vestiu no natal.
- Pera. Mãe! Aquela rôpa do natal, faz tempo qui eu butei ela na báia.
Pois peça uma de seu padrinho Zé Leonardo.
- Mãe tá ficando broca? Num tá vendo qui a rôpa de meu padim Zelunardo, fica frouxa neu.
- Pois arrume uma, com Seu Dudu.
- Tombem num dá não mãe. Pra dá certo neu, tinha qui ser uma de Zé de Ermina, ou onton-se, de Dedé de Frazo.
- E porque num vai?
Cum qui rôpa eu vou?
- Vá com aquela que você vestiu no natal.
- Pera. Mãe! Aquela rôpa do natal, faz tempo qui eu butei ela na báia.
Pois peça uma de seu padrinho Zé Leonardo.
- Mãe tá ficando broca? Num tá vendo qui a rôpa de meu padim Zelunardo, fica frouxa neu.
- Pois arrume uma, com Seu Dudu.
- Tombem num dá não mãe. Pra dá certo neu, tinha qui ser uma de Zé de Ermina, ou onton-se, de Dedé de Frazo.
Deliciosa a linguagem usada, toda nossa, que infelizmente a televisão está aos poucos destruindo.
ResponderExcluirSem conhecer os personagens Zé de Ermina e nem Dedé de Frazo, imagino que sejam baixinhos para que suas roupas sirvam a Cico de Tida.
sou leitor assíduo do poeta Mundim do Vale.
Carlos. Foi correta a sua imaginação.
ResponderExcluirA perna direita da calça de José Leonardo, dava para vestir Dedé de Eufrázio e a esquerda dava para vestir José de Hermínia e ainda sobrava pano para vestir Luís de Munduca.
Obrigado pelo comentário.
Abraço.
Mundim.
Prezado Mundim.
ResponderExcluirVoce deve lembrar o Antonio de Gonçalo do Sanharol. Dois metros de altura, 180 Kgs, do tamanho de um guarda roupa. Viajava a cavalo para Campos Sales e numa das viagens levou uma baita chuva e molhou as roupas. Arranchando-se na casa de um fazendeiro amigo estendeu as vestes numa corda, entre elas a cueca. Um dos filhos do fazendeiro estudava em Crato e chegou na fazenda, de ferias, dando noticias de um elefante muito grande. Outro filho do fazendeiro deu de garra da cueca de Antomnio de Gonçalo e disse: ei fulano: olhe aqui do elefante que tu viu no Crato.
Carlos Esmeraldo.
ResponderExcluirMundim resgata neste texto pelo menos 9 personagens prestimosas de nossa terra.
esses comentários forma mais hilário do que mesmo a postagem
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