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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 3 de dezembro de 2011

027 - Por onde andam?

"Esturdia".
Era um carnaval daqueles muito esperado. Os filhos começaram a chegar  no Sanharol com as suas famílias. José André, o anfitrião, se desmanchava em  prazer e satisfação. Um friser cheio de cervejas, um carneiro  secando numa corda, papo bom, musica dos antigos carnavais, a arenga dos meninos querendo o mesmo cavalo, a briga das mães por causa dos meninos e, outros detalhezinhos, que hoje em dia, compõem um cenário de muitas saudades.

José André chegou na alpendrada da casa com um  pratinho na mão, misturando o arroz prata com uma filepa de carne assada, sentou-se entre eu e o Pedro, os filhos mais velhos, e disse: olhem vocês dois, prestem bem atenção nessas bebedeiras, bebida não dar resultado, bebida e besteira não se entendem, quando uma começa a entrar a outra começa a sair. "ESTURDIA" houve um fuzuer danado  no Bar do Herculano por conta de bebida. A namorada do Anacleta, uma metida a besta, falou  baixinho: ei, Anacleto o que é ESTURDIA?

Pra azar dela José André ouviu e, explicou direitinho dizendo: minha filha, "ESTURDIA" é domingo que passou e "daqui uns dias" é domingo que vem. Ela perdeu o rebolado.

No dia seguinte José André encontrou a dita cuja chorando desesperada. Perguntou, porque você está chorando assim? Ela respondeu: Seu José André, - Anacleto acabou nosso namoro! E José André, - mas minha filha você chora por pouca coisa. 


3 comentários:

  1. As musicas de hoje já não têm o refino das de outros tempos. De carnavais idos.

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  2. Sim, mas naquela época nós éramos queridos e respeitados pelas meninas da cidade. Carnavais dos velhos tempos, período de brincadeiras sadias, sem violência, sem a presença de drogas, somente curtição.
    A rapaziada do Sanharol sempre foi respeitada, pois o nosso lema era curtir de forma prazerosa e isso contribuía para termos uma afinidade maior com as mulheres. Mas Anacleto estava correto, amor de carnaval tinha que ser mesmo passageiro para poder da de conta da grande demanda.

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  3. Cuidado nao fale mal do meu PADRINHO JOSE ANDRE (brincadeira).Q TENHO GUARDADO NA MINHA MEMORIA,qdo eu era criança ele sempre gostava de ir olhar pra afilhada la no CHICO. Qdo eu ouvia a voz alta no baixio ja sabia q era ele perguntando cada minha afilhada? A A FILHA MAIS BOINTA de Compadre JOAQUIM, eu transbordada de alegria ia ao encontro debaixo de um pe de juá q tinha na frente da minha casa, a felicidade ainda era maior pq eu sabia q daí ia sair algum dinheirinho pra mim. Minha irma ANA ficava tristinha pq nao ganhava tbem, um dia desses resolvi dividir c a mana parti a nota no meio, a inocência era tao grande q eu nao sabia q não vogava apos partir a nota, mas queria q minha irma tbem ficasse feliz. Como as coisa mudam hoje sou CAIXA de um BANCO trabalhando so com dinheiro. UM ABRAÇO pra todos q fazem o BLOG DO SANHAROL, em especial A ANTONIO MORAIS QUE E FILHO DO MEU GRANDE PADRINHO JOSE ANDRE. Esta e a minha primeira MANIFESTAÇAO NO BLOG DO SANHAROL. (ROSANA VIEIRA, COMO SOU CONHECIDA EM VARZEA ALEGRE-CE.)

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