Eu nasci lá no sertão
Onde enterrei meu umbigo
Não deixei lá inimigo
Porque sou bom cidadão.
Considerei cada irmão
E não desejei piora
Porque prefiro a melhora
Daquele que tá doente.
Gostei de todo vivente
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
Eu tive que me afastar
Para um lugar diferente
Mas guardo como um presente
As coisas do meu lugar.
O dia para voltar
Não sei se é logo agora
Ou se ainda demora
Porque Deus é quem me guia.
Mas me lembro todo dia
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
Na T.V. Educativa
O vate Dílson Pinheiro
Valoriza o violeiro
E a rima do Patativa.
A produção criativa
Não joga cultura fora
Tanto que busca melhora
Pesquisando pelo mato.
Depois exibe o retrato
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
O bom Carneiro Portela
Da cultura é resistente
Fala de seca e enchente,
De porteira e de cancela.
Fala de pua e sovela,
De sarampo e catapora,
De sertanejo indo embora,
De lapinha e santuário.
E faz todo o seu cenário
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
Geraldo Amâncio Pereira
Promotor de festival
É um ícone cultural
Da poesia brejeira.
Repentista de primeira
Defensor de fauna e flora
Hoje em dia comemora
Seu sucesso no estrangeiro.
Mas Geraldo é um herdeiro
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
Foi do sertão que surgiu
O poeta Zé Maria
Que vem trazendo alegria
Para o resto do Brasil.
Foi ele que conduziu
Por este mundão a fora
Um grupo que hoje explora
A cultura cristalina.
É a Batuta Nordestina
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
FONTE: http://mundocordel.blogspot.com/search?q=Mundim+do+Vale
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Mundin do Vale,
ResponderExcluirRealmente você mostrou os ícones da nossa cultura popular. Estes formam a guarda do sertão que a gente mora.
Parabéns e um grande abraço.
Esqueceu Mundim do Vale
ResponderExcluirUm poeta genial
Muito simples, natural.
Ele quer que o mundo fale
Que a poesia se instale
Por esse sertão a fora
Poesia a toda hora
Pra ele poder rimar
E depois poder falar
DO SERTÃO QUE A GENTE MORA.
Foi boa Mundim.
ResponderExcluirAbraços.
Claud falou que um poeta
ResponderExcluirNosso mundim esqueceu
Mas ela não relatou
Se era Sávio ou se eu
Ou outro que já faleceu
Pois era chegada a hora
Deste poeta ir embora
Para aonde Deus destina
Deixando a terra nordestina
Do sertão que agente mora
Defendendo nossa cultura
Vou aqui falar primeiro
No Expedito Pinheiro
Que poesia se apura
Seu programa na cultura
Que pelo Brasil aflora
É bem cedinho seis hora
Eu vou já ligar de novo
É a alegria do povo
Do sertão que agente mora
O grande poeta bidinho
Nunca sai da minha lista
Foi também sindicalista
Cantou bem no nosso ninho
Tratava bem o seu pinho
Não deixo do lado de fora
Pois todo poeta adora
O maior amigo seu
E a inspiração que Deus deu
No sertão que agente mora
São vários nomes de valor
Que o nosso sertão tem
Se eu fosse falar também
A todos que eu tenho amor
Miguel Delfonso sonhador
Toda noite as seis hora
Rezava a nossa senhora
Era assim a sua lida
Pra melhorar a vida
No sertão que agente mora
Muito bom Raimundim do Valllllle. Eu vou voltar a usar o meu velho dicionário pra voltar a comentar os seus textos. Abraços!
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