Tenho dificuldade em falar sobre tragédias. Principalmente, quando se trata de perdas humanas.
Fico sem saber por onde começar, pois se trata de falar daquilo que nos é tirado abruptamente.
A soma do que nos tiram é sempre maior do que se tinha quando se trata de morte.
Me faltam palavras para traduzir despedidas.
Mesmo porque, há despedidas que não encontram tradução.
Às vezes, o melhor e mais eloqüente é um adeus em silêncio.
Através do futebol, um dos poucos lugares sociais que restam para o brasileiro, garotos sonhavam com dias melhores para si e suas famílias.
De repente, a imprevidência do homem ceifou suas vidas e o desejo de vencer na carreira de atleta de futebol
Nos resta a indignação, como se somente ela fosse suficiente.
De longe, chorar baixinho é a única forma de nos despedir dos meninos do Flamengo.
Às duras penas, o sofrido e possível encadeamento de frases, para falar de um incêndio pavoroso no Ninho do Urubu, de propriedade do Flamengo, que consumiu jovens e sonhos.
Triste. E, o pior é ver o bate boca das autoridades do estado e do clube. Local sem alvará. 31 multas. Desmoralização das leis. É o pais do futebol.
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