E, por falar em nosso benquisto José Augusto de Lima Siebra, lembro seus pais e irmãos, grupo que pontificou em nossa terra. Gente integra, inteligente, do mais respeitável padrão.
Foram seus pais Raimundo Ferreira Lima Siebra e Ormecinda Pedrosa Siebra. Além de José Augusto, eram filhos do casal: Jorge, com pendores farmacêuticos, Amadeu, sacristão na paróquia de São Raimundo, Francisco, Adelina, Maria, Odete e Zulmira.
As mulheres sempre foram a parte mais viva do coral da nossa igreja, pelas bonitas e educadas vozes que possuíam.
De luz um raio aponta no nascente
Troa na mata o canto do xexéu
A noite se escondendo de repente
Deixa morrendo estrelas lá no céu.
Distende o manto o dia docemente
Cobrindo a natureza com um véu
Os passarinhos acordando de repente
Soltam no bosque um canto de troféu.
Vão morrendo as estrelas de hora em hora
A lua lá no céu desmaia e chora
A rosa nasce sobre o verde galho.
E o sol saindo lá do mar profundo
Mil encantos trazendo para o mundo
Marca as horas do dia e do trabalho.
Cada dia que vivo, mais surpresas tenho. Em Outubro completo seis decadas nos costados, esse soneto do Jose Augusto deve ter esse mesmo tempo ou mais, e, eu não o conhecia.
ResponderExcluirFeliz estou por duas razões: inicialmente por reconhecer a competencia poetica do Jose Augusto, nosso conterraneo da Rajalegre e depois por poder contribuir com a divulgação de tão belo soneto.
Falar do canto do Xexéu é voltar aos tempos de criança, quando os nossos agricutores se alegravam, porque esse canto era sinal de chuvas, de inverno.
É prazeroso ser surpreendido como fui, com os poemas de Jose Augusto pela qualidade, pela beleza e sobretudo pela sentimento de amor, pureza dalma existente.
Os poemas do Jose Augusto são divinos. Salve sua memoria. Parabens a familia.
Antonio Alves de Morais
Amigos:
ResponderExcluirOs poemas de Zé Augusto são, de fato, muito bem feitos do ponto de vista da métrica, e muito ricos de beleza poética.
Quando reuni alguns cadernos com poemas de vovô (que mamãe, Cici e tia Augusta guardaram), e fui digitá-los, coloquei na mesa um retrato dele. Foi uma interação com o seu espírito, pois me emocionei muito, as lágrimas vinham aos olhos de alegria e gratidão. Ri muito, também, pois tinha os poemas engraçados, que transbordavam bem o espírito brincalhão do poeta, assim como tinha os poemas de amor à terra (do ponto de vista político).
Infelizmente, só vim fazer isso depois que seus filhos já tinham todos passado pra outro plano.
Reuni muito poemas e vou publicar um livro.
Agradeço ao Morais o reconhecimento e a publicação no blog.
E parabéns à Várzea-Alegre, terra do poeta José Augusto de Lima Siebra.
Abraços poéticos de
Stela
Morais.
ResponderExcluirEste é um belo soneto,um excelente trabalho.Morais pela primeira vez um comentario direto,quero esclarecer que todos que escrevem no BLOG,sã de tamanha competência:
Mundim,Paulo,Savio e ETC.
Hoje me falta inspiração para um cometário, diante de tanta arte.
ResponderExcluirAmanhã eu faço um comentáriom sobre tamanha poética
Mundim do Vale.